Queria te mandar pra longe daqui

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11:00, Austrália, Estação de Rádio.

A música terminou e logo iniciou-se outra "Mileage", Gaby girou na cadeira, abandonando seu posto.

- Esses dias você está muito branda. - Kidoh se aproximou da menina, segurando suas mãos e a trazendo para mais perto.

- Estou na paz do espírito. - Gaby virou o rosto, estava acostumada com as aproximações tentadores do menino a sua frente que não era nem um pouco feio, não para ela pelo menos. - Pode me soltar por favor?

- Nossa, precisa disso? - Ele aumentou o aperto, trazendo sua cintura para junto dela. - Não precisa ser assim...

- Kidoh, sai. - Ela soltou as mãos das dele, voltando para sua cadeira, emburrada. - Não estou pra isso hoje.

- HOJE? - Ele jogou as mãos pro alto. - Você NUNCA está pra isso.

- O que você quer?! - Ela virou-se pra ele, enfurecida. - Heim? Que eu te agarre sem mais nem menos? Que eu diga que quero seu corpo nu aqui e agora?! Caramba meu! Que chatice do inferno!

- Opa! - Ele riu, Kidoh na verdade era acostumado àquilo, Gaby tinha uma personalidade forte, era teimosa e grosseira, mas ele podia se admitir que se derretia por esse jeito dela, só que ele nunca falaria isso. - Acho que precisamos de um calmante aqui.

- Eu não preciso de um calmante, estou precisando de um taco de basebol pra bater com ele na sua cabeça. - Ela suspirou, voltando a seus afazeres, a ruiva não queria ser chata, não queria mesmo, mas problemas surgiam a todo momento, e ela sabia, do fundo de sua alma, que IzZy mais cedo do que imaginava ia revelar qual era a próxima "merda" que elas teriam que passar. Aliás, falando assim, parece que elas odeiam esses "trabalhos" né? Na verdade não, mas era sempre um estresse passar por essas coisas, você nunca quer ser expulsa ou pega por um assassino de aluguel, não que isso já tenha acontecido com ela... Ou aconteceu? Saberemos mais pra frente.

- Gaby. - Ela sentindo os nervos subirem a cabeça, se virou, lábios tocaram os dela, em um selinho quente, ela continuou paralisada pelos segundos que se rastejavam. Kidoh se fastou sorridente. - Prontinho, mais tarde nos falamos. Acabou meu horário por hoje, e você tem que ir pra aula.

- Esse... - A garota deu um soco na mesa, derrubando suas latas de spray e vários papéis de roteiros. - Se ele acordar morto, não foi culpa minha.

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11:15, Austrália, Sala do 3ºC

IzZy bocejou, falecida. Ela estava demonstrando seu lado desprevenido de novo, uma merda cá entre nós. Depois do ocorrido com Rap Monster, ela se sentia meio avoada e agradecia as forças superiores que ele não era da sua sala, ela precisava respirar de vez em quando ao invés de ficar se agarrando pelos cantos, e além do mais, tinha coisas de extrema importância para dizer para as meninas.

A verdade era que naquela escola, a qual elas já estavam fazia um bom tempo, haviam certos empregados estranhamente peculiares, e entre eles um determinado estava subindo boatos de que vendia drogas aos alunos quando estes saiam de seus clubes já tarde. O problema de IzZy com isso? Nenhum. Se alguém quisesse ficar doidão, que ficasse, ela mesma ajudava essa pessoa a arrumar LSD, mas tinha um porém, ela era louca pra ver alguém que não fosse ela, se ferrar, principalmente essas almas escrotas que a rodeavam todo santo dia e ainda tinham a cara de pau de querer trocar alguma palavra com ela, ressaltando que esse tal dito cujo já havia a acusado de jogar lixo na caixa de água da escola, quando ele mesmo tinha deixado a bosta da tampa aberta, e certas aves peregrinas tinham se aproveitado da situação. Solução? Jay.

Enfim, agora tentava esquecer um pouco o garoto que ela devia colocar na área de amigos para o resto da vida, e que de uma hora pra outra dizia corresponder seus mais fartos sentimentos.

- Paula. - Ela se virou, dando de cara com uma Paula cobrindo o rosto com uma das mãos para esconder que estava no sono mais pesado. - Ah, esquece.

- Antes que pergunte. - A voz dela soava embriagada. - Eu não faço a mínima ideia do que aquele lecionador está falando ali na frente.

Enquanto isso, nas carteiras ao lado, Mary rabiscava o dever do clube de Economia Doméstica, enquanto Jin pensava em como fazer ela o notar (Que dó), seus devaneios estavam tão longe que ele podia jurar que tinha visto um guaxinim comer uma cobra no jardim da escola pela janela que se encontrava ao seu lado. Ele piscou várias vezes, voltando a prestar atenção a garota a sua frente, ele estendeu os braços, segurando o cabelo dela que ele tanto amava, ele só pôde ouvir ela suspirando, mas encostando no encosto da cadeira, era permitido que ele mexesse em seu cabelo com mais liberdade.

Becca e Kook jogavam bilhetinhos um para o outro em forma de bolinhas de boliche, nos quais os pinos eram os pés um do outro, o garoto sorriu ao ler a mensagem dela "Sim, hoje depois da aula eu tomo sorvete com você *o*", diferente dos outros casais, eles não tinham medo de mostrar que apreciavam um ao outro, só que a vergonha não deixava as coisas irem pra frente, não por enquanto.

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13:00, Austrália, Pátio.

- E aí meu povo! - Gaby bateu as mãos com as das meninas, que sorriram, os casais se juntaram, se cumprimentando da forma como bem queriam. - Quais as boas?

- As boas? O fim de semana tá chegando. - Manda bocejou, recostando-se sobre Jimin, que levou um susto com a aproximação da garota.

- Além dessas boas. - Mary girou a mão no ar, pedindo que prosseguissem com a falação, a Princesa ao seu lado apenas observava a agitação.

- Acho que a Líder tem algo a dizer a nós. - Becca finalmente chegou ao assunto, fazendo todos se encararem como se estivessem sido escalados para algum jogo de sobrevivência.

- Ah não... - Juh quase que chorou, ela iria com Hope para o clube naquele dia, ou assim era o esperado.

- Realmente. - A tão falada IzZy apareceu, acompanhada de Moon, que passava o braços pelos ombros da menina. - Temos coisas pra fazer pra amanhã. - Ela ia começar a falar quando V levantou a voz.

- Então, seja lá o que for que vocês tenham que fazer, mas a Jay não vai.

GraduationOnde histórias criam vida. Descubra agora