capítulo 32

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Dulce ficou de pé, fitando-o com olhar carinhoso.

- Eu te amo, Matthew. Apesar desse seu ca­coete horroroso.

- Ei! Não tenho nenhum cacoete!

- Trabalhamos duro na terapia familiar para fazê-lo acreditar nisso. - Rindo, ela enlaçou os braços em torno do pescoço dele e o abraçou com carinho.

- É tão bom tê-lo aqui. Não pode ficar por mais tempo?

- Não posso, meu anjo. - Ele pousou o queixo sobre a cabeça dela. - Vou passar alguns dias em Hyannis. Quero trabalhar um pouco, fazer al­guns esboços. Vovô reclamou que faz tempo que eu não vou visitá-los.

- Oh, ele é mestre em fazer isso. Por acaso, vovó está "morrendo de preocupação por sua cau­sa"? - falou ela, rindo e afastando-se para fitá-lo.

- Descabelando-se - respondeu ele, também rindo. - Por que não vem também? Dê um bônus a ele. Assim poderemos salvar um ao outro quando ele começar com aquela história de nos perguntar por que ainda não estamos casados e dando bis­netos a ele.

- Bem, ele andou me telefonando algumas ve­zes nas últimas semanas, sem me dar a chance de telefonar primeiro. - Dulce tornou-se pensa­tiva por um instante, considerando os compromis­sos que tinha para cumprir. - Estou com o serviço um pouco adiantado, mas tenho um compromisso, depois de amanhã, que não pode ser adiado.

- Então viaje depois disso - sugeriu Matthew. - Convide Christopher para ir com você. Teremos uma reunião familiar por lá.

- Acho que ele iria se divertir - disse ela. - Vou ver se ele quer me acompanhar. De qualquer maneira, eu irei.

- Ótimo.

Matthew ficou torcendo para que Christopher acei­tasse o convite. Iria se divertir muito vendo seu avô intimando-o a pedir a mão de Dulce.

Como já passava da meia-noite quando Mat­thew foi embora para o hotel, Dulce achou melhor tomar um banho e ir direto para a cama. Não havia dormido o suficiente na noite anterior, e nem Christopher. Portanto, a coisa mais prática e sen­sata a fazer no momento seria tentar ter seu me­recido descanso.

Porém, quando deu por si, já havia atravessado o corredor e estava apertando a campainha do apartamento em frente ao seu. Estava começando a pensar que Christopher já havia ido dormir quando ouviu a chave girando na fechadura.

- Oi, não quer tomar um último drinque antes de ir dormir?

Ele olhou por cima da cabeça dela, tentando enxergar o interior do apartamento em frente.

- Onde está seu irmão?

- A caminho do hotel. Abri uma garrafa de conhaque para ele e...

Dulce não se surpreendeu quando, antes mesmo de terminar a frase, Christopher puxou-a para dentro do apartamento, trancou a porta e enlaçou os bra­ços em torno da cintura dela. E também não se surpreendeu quando os lábios dele esmagaram os dela em um ávido beijo.

- Pelo visto, não vai querer tomar conhaque - falou ela, ofegante. Sem se importar com o fato de Christopher já haver começado a tirar sua blusa, acrescentou: - Ou alguma outra bebida.

A força do desejo que sê apoderara dele no mo­mento em que vira Dulce era quase incontrolável. Saber que poderia tê-la novamente para si dei­xara-o ansioso, impaciente para amá-la outra vez.

Dulce também se deixou levar pelo desejo, co­lando seu corpo ao dele com gemidos de prazer, enquanto sentia Christopher deslizar sua calça para baixo, por sobre seu quadril. Sim, queria pertencer a ele mais uma vez. E por isso não perdeu tempo em se livrar do restante das peças que cobriam seu corpo.

Sentiu as mãos de Christopher acariciarem seus seios, segundos antes de ele tomar um dos ma­milos entre os lábios, sugando-o e mordiscando-o sensualmente. Ofegante, Dulce foi deixando pon­tos avermelhados nas costas de Christopher, causados pelo efeito de suas unhas, em meio ao enlevo de prazer.

A pele acetinada de Dulce era como um convite ao toque e à carícia. Um convite irrecusável para um homem atormentado pelo desejo. Devagar, ele foi deslizando os lábios sobre o corpo dela, até alcançar o ponto mais sensível do corpo de Dulce e sentir os dedos dela se cravarem em seus om­bros. Gemidos de prazer começaram a soar pelo ambiente.

Não era possível que alguém pudesse sobreviver a todo aquele prazer, foi o último pensamento coe­rente que passou pela mente de Dulce, antes de ela se deixar levar completamente. Christopher afun­dou os dedos em suas nádegas, enquanto a levava à loucura com os lábios e a língua.

Um grito de prazer logo irrompeu em sua gar­ganta, enquanto, por um instante, o ar pareceu su­mir de seus pulmões. Rendida, encostou-se à porta, ainda entregue aos lábios ávidos de Christopher.

Sua postura pareceu acender ainda mais a cha­ma do desejo nele. Christopher deslizou as mãos pela pele úmida de Dulce, enquanto continuava sua doce tortura com os lábios, exigindo mais, mais...

Um Vizinho PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora