Ao sentir os lábios de Christopher roçando seu queixo, Dulce levantou o rosto de modo que seus lábios encontrassem os deles. Sua pulsação estava acelerada, mas seus movimentos, ao ritmo da música, eram lentos, quase preguiçosos.
- Christopher... - murmurou, equilibrando-se na ponta dos pés para beijá-lo com mais intensidade.
- Deve ser o jantar - falou ele, ainda com os lábios junto aos dela.
- Hum?
- O jantar. A campainha.
- Oh.
Dulce tivera a impressão de ouvir uma campainha, mas o ruído lhe parecera tão distante que
ela pensara que o som. houvesse vindo de outro apartamento.
- Espero que não fique desapontada - disse Christopher, enquanto abria a porta.
- Não é pizza.
- Oh, tudo bem. Qualquer coisa está bom para mim.
Como ele queria que ela se preocupasse com comida com todo seu corpo ardendo de desejo por ele? Entretanto, não conseguiu esconder o ar de espanto ao ver garçons uniformizados entrando no apartamento.
Aturdida, ficou observando os homens arrumarem as iguarias sobre a mesa com eficiência e discrição. Eles partiram em menos de dez minutos, e somente então Dulce conseguiu voltar a falar.
- Isso... parece estar maravilhoso.
- Venha sentar-se. - Christopher lhe segurou a mão e indicou um lugar para ela, antes de se inclinar e beijá-la na nuca.
Dulce se lembrava de haver comido alguma coisa, mas não tinha muita certeza do que fora e nem de como o fizera. Era como se seu poder de observação houvesse decidido abandoná-la de repente. Toda sua atenção estava centrada em Christopher, e somente nele. Só conseguia se lembrar da maneira como os dedos gentis haviam tocado os seus e de como aqueles lábios macios haviam roçado a pele sensível de sua mão em determinados momentos. A maneira charmosa como ele sorrira e servira mais champanhe, que ela bebera até sentir a cabeça ficar leve, muito leve.
Também se lembrava com clareza da maneira como ele a carregara nos braços, com infinita gentileza, até o andar de cima. E de como ele a colocara com todo cuidado sobre a cama, em meio aos lençóis perfumados. Acendeu as velas do candelabro, como já havia feito antes, mas dessa vez se aproximou de uma maneira diferente. Uma maneira permeada por uma espécie de magia carinhosa e sensual que Dulce não saberia ao certo como definir, apenas sentir.
Um beijo intenso e apaixonado iniciou o ritual de amor. Christopher ofereceu a ela mais do que conseguia se imaginar capaz de oferecer a alguém, e encontrou na resposta sem reservas de Dulce mais do que poderia sonhar.
Fizeram amor lentamente, sem pressa, sem receios. Para ambos, aquele delicioso compartilhamento íntimo foi uma espécie de descoberta mútua, algo que viveria apenas na lembrança dos dois.
Quando Christopher abriu o robe de Dulce, ficou algum tempo admirando suas formas perfeitas, lisonjeando-a com aquele olhar de indisfarçável desejo.
- Você é tão linda, Dulce - disse, fitando-a nos olhos.
- Quantas vezes deixei de lhe dizer isso? De lhe mostrar isso?
- Christopher...
- Deixe que eu lhe faça isso. Deixe-me vê-la sentir prazer ao ser tocada como eu deveria tê-la tocado antes. Assim... - murmurou ele, percorrendo toda a extensão do corpo macio e cheio de curvas com a ponta do dedo indicador.
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Um Vizinho Perfeito
RomanceO amor ainda era o maior legado dos Macgregor Fazer parte da família MacGregor era o mesmo que estar destinado a encontrar um grande amor. Sim, porque para os descendentes daquele poderoso clã escocês, não havia como escapar do olhar carinhoso e ma...