capítulo 44

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Dulce pestanejou, cada vez mais surpresa.

- Jantar fora?

- Sim, se você quiser. Mas, se preferir, poderemos ter um jantar mais calmo aqui mesmo - acrescen­tou, aproximando-se dela. - Você é quem decide.

Segurando o rosto de Dulce entre as mãos, roçou os lábios junto à testa dela.

- Quem é você? E o que está fazendo no corpo de Christopher?

Ele começou a rir e beijou-lhe uma face, depois a outra.

- Diga-me o que você quer, Dulce.

"Apenas receber seu carinho, assim", respondeu ela, em pensamento.

Eu vou preparar alguma coisa para co­mermos aqui mesmo.

- Se prefere ficar, então eu vou providenciar alguma coisa.

- Você? - Ela riu. - Você?! Tudo bem, já entendi. Vou chamar os bombeiros porque, com certeza, estaremos correndo risco de vida.

Christopher abraçou-a com força e riu.

- Eu não disse que vou cozinhar. Vou apenas pedir alguma coisa para nós.

- Oh, bem. Sendo assim...

Dulce não conteve um suspiro. Era maravilhoso se ver envolta mais uma vez por aqueles braços fortes.

- trabalho.á tensa - observou ele, deslizando as mãos pelos braços dela para tentar fazê-la relaxar. - A dor de cabeça ainda a está incomodando?

- Não muito.

- Bem, por que não sobe e toma um banho relaxante na banheira? Depois poderá vestir uma daquelas camisetas grandes e confortáveis, que você tanto gosta, e então poderemos jantar.

- Eu estou bem. Posso...

Dulce se interrompeu quando os lábios de Christopher capturaram os seus em um beijo deliciosa­mente inesperado. Um beijo carinhoso e sensual que a deixou com as pernas trêmulas.

- Agora suba - mandou ele, sorrindo quando ela o olhou com ar confuso. - Eu cuidarei de tudo.

- Tudo bem. Acho que ainda estou mesmo um pouco zonza. - Isso explicaria por que ela não estava nem conseguindo subir direito os degraus da escada de seu próprio apartamento. - O nú­mero... Ah, o número do telefone da pizzaria está sobre a mesinha...

- Pode deixar que eu cuidarei de tudo por aqui - ele repetiu, fazendo um gesto para que ela su­bisse.

- Relaxe, sim?

- Está bem. - Dulce subiu alguns degraus, mas logo parou e olhou para ele. - Christopher? - Sim?

- Você... - Ela sorriu e balançou a cabeça. - Nada. Prometo que não vou demorar.

- Demore o tempo que quiser - respondeu ele.

De fato, levaria algum tempo para fazer com que tudo estivesse perfeito quando ela voltasse. Se aquela pequena demonstração de romantismo a deixara surpresa, com certeza Dulce ficaria sem palavras quando visse a noite que ele havia pla­nejado para os dois.

Ao pegar o telefone, procurou em qual das teclas de memória estava registrado o número da melhor amiga de Dulce.

- Anahí? Oi, aqui é Christopher Uckermann. Sim, tudo bem. Você sabe se Dulce tem preferência por al­gum restaurante aqui por perto? Não. - Ele riu. - Nada de fast food. Vamos sofisticar um pouco o cardápio, sim? Que tal um restaurante francês ou algo do gênero?

Christopher não conseguiu deixar de rir ao ouvir o longo "Oh" da amiga de Dulce, do outro lado da linha. Então anotou o número de telefone do res­taurante que ela lhe passou.

- Agora vamos ver se você consegue me fazer o grande favor final - disse a ela, ainda sorrindo.

- Qual das sobremesas servidas por esse restau­rante a deixa maluca? Hum... Ótimo, já anotei. Noite especial? - Ele riu, olhando para o teto.

- Não, nada especial. Apenas um jantar tran­qüilo. Muito obrigado pela dica, Anahí.

Riu novamente quando Anahí continuou a lhe fazer perguntas.

- Ei, ambos sabemos que ela vai lhe contar tudo isso manhã.

Após se despedir, ligou para o restaurante e fez os pedidos. Então, puxou as mangas "metafo­ricamente", e partiu para o trabalho

Um Vizinho PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora