capítulo 34

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- Sim. Passar alguns dias em Hyannis Port. Matthew vai visitar nossos avós, os MacGregor, e pensei em fazer o mesmo. Vovô adora reclamar que não os visitamos o suficiente. O lugar é lindo e a casa é... Bem, é impossível descrevê-la. Mas tenho certeza de que você vai gostar tanto dela quanto dos meus avós. E então? Está interessado em deixar a loucura dessa cidade um pouquinho, Christopher Uckermann?

- Isso está me soando a reunião familiar.

Ele se surpreendeu com a súbita sensação de tristeza que o invadiu diante da idéia de ter de passar alguns dias longe de Dulce.

- Com os MacGregor por perto, tudo soa como uma reunião de família. Vovô adora conversar e fazer novas amizades. Está com mais de noventa anos e tem uma energia invejável.

- Eu sei. Ele é fascinante. Aliás, os dois são. - Christopher sorriu quando Dulce franziu o cenho. - Eu já os conheço. Eles são conhecidos de meus pais.

- É mesmo? Eu nunca imaginaria isso. Eu lhe falei sobre todas aquelas ligações familiares meio complicadas, não falei? MacGregor com Blade. Blade com Grandeau. Grandeau com Saviñon. Saviñon com MacGregor... Não necessariamente nessa ordem.

- Não comece com isso de novo, por favor. Só de ouvir essa porção de nomes já estou sentindo a cabeça doer.

Dulce riu e o beijou.

- Bem, se já os conhece e também já foi apre­sentado a Matthew, pelo menos não vai se sentir em meio a um grupo de estranhos. Venha comigo. - Ela mordiscou a orelha dele. - Será divertido.

- Poderíamos continuar bem aqui, nesta ca­deira, e nos divertirmos muito mais...

Dulce riu, lisonjeada.

- Há muitos e muitos quartos no castelo Mac­Gregor - murmurou ela, junto ao ouvido dele. - E, em vários deles, camas enormes e macias.

- Quando partiremos?

- Oh, está falando sério, Christopher? - Ela se afastou para olhá-lo, entusiasmada com a idéia. - Que tal depois de amanhã? Tenho uma reunião pela manhã, mas poderemos partir depois do al­moço. Oh, e posso alugar um carro para viajarmos.

- Eu tenho carro.

Dulce inclinou a cabeça, estreitando o olhar.

- Hum, é um carro sexy?

- O que acha dos sedãs de quatro portas? Ela hesitou.

- Bem, é um carro que tem uma certa presen­ça... Gosto de carros assim.

- Que pena, então acho que não vai gostar do meu Porsche.

- Um Porsche?! - Dulce arregalou os olhos.

- Oh, não me diga que é conversível?

- Que outro modelo poderia ser?

- Sim, claro. Oh, e diga que ele tem cinco marchas.

- Sinto muito, mas são seis. Ela ficou boquiaberta.

- É mesmo? Verdade? Posso dirigi-lo?

- Claro. Se depois de amanhã o inferno de repente resolver congelar, deixarei você se sentar ao volante dele.

Com uma careta de desagrado, Dulce começou a brincar com os cabelos dele.

- Mas sou uma excelente motorista.

- Tenho certeza de que sim.

Christopher achou que seria mais produtivo tentar distraí-la do que continuar ouvindo-a e deixar que ela acabasse fazendo-o mudar de idéia. Encostou o copo frio sobre as costas dela, fazendo-a arquear o corpo levemente, em um arrepio, enquanto seus seios roçavam o peito dele.

Um Vizinho PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora