Capítulo 7

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Dito e feito. William chegou uma hora depois. Maite estava na sala quando a campainha tocou e foi correndo atender, mas parou no meio do caminho para se mostrar menos ansiosa.

Ela atendeu a porta com um sorriso alegre e ele correspondeu sorrindo de volta.

- Oi, entra. - ela disse.

Ele se aproximou dela e lhe deu um beijo no rosto.

- Demorei?

- Que nada... - riu suave. - Está pontual.

Helena apareceu na sala sorrindo. Viu que realmente o rapaz que sua filha idolatrava, era muito bonito.

- Olá, sou Helena. Mãe da Maite.

- Nossa, que mãe linda você tem, Maite! - ele sorriu, apertando com delicadeza a mão de Helena.

- Gentileza da sua parte. - Helena sorriu. - Fique a vontade, a casa é sua.

- Mãe, vamos fica lá em cima no meu quarto, ok?

- Ok, filha. Mas não deixa tudo fechado, pra não matar o menino. E daqui a pouco, desçam para lanchar.

- Tá bom, mãe. - Maite riu e olhou para William. - Então, vamos subir?

- Bora! - sorriu e seguiu Maite.

A casa dela não era grande, porém não era pequena. Era o suficiente para que as duas vivessem ali, e tinha espaço para visitas, se necessário.

Ela entrou no quarto e o puxou. O quarto era bem a cara dela.

- Ual, quarto maneiro. - ele elogiou sincero.

- Uhum, economizei muito para reformar ele.

- Da hora...

Os dois ficaram ali por um tempo, conversando e se conhecendo mais. Maite falava dos seus gostos, e ele igualmente.

- Tá bom, vai... já sei que é fã dos Beatles. Mas agora quero que você cante e toque para mim. - ela pediu.

- Tá falando sério? E o que eu ganho se cantar?

- Hmmm, um beijo! - riu sem jeito.

- Opa, vale a pena! - pegou a guitarra e ficou alguns segundos distânte, mas logo ele começou a tocar.

"Você já se sentiu como estivesse desmoronando

Você já se sentiu como estivesse desmoronando?

Você já se sentiu deslocado?

Como se você não se encaixasse

E ninguém te entendesse?

Você já quis fugir?

Você se tranca em seu quarto?

Com o rádio ligado tão alto

Que ninguém te ouve gritar

Não você não sabe como é

Quando nada parece certo

Você não sabe como é

Ser como eu

Ser machucado, sentir-se perdido

Ser deixado no escuro

Ser chutado quando você está caído

Sentir-se maltratado

Estar à beira de entrar em colapso

E ninguém está lá para te salvar

Não você não sabe como é

Bem-vindo à minha vida"

Ao terminar de cantar... Não sorriu, não olhou para ela, não demostrou nenhuma reação além da saudade no olhar.

- Adoro essa música... - ela comentou e observou ele.

- Eu odeio. - disse seco.

- Então, por quê cantou?

- Eu nem sei ao menos o por quê compus...

- Acho que sei o motivo... seus pais né? - disse, com cuidado para tocar no assunto.

- Nem é... - mentiu.

- Eu sei que é. Sempre soube. William, não tem motivos para você ficar assim... eu conheço sua história e digo que seus pais te amam.

- Que jeito de amar! - disse irônico. - Por isso que eu não quero ser pai nunca.

- Não diga isso, seus filhos não terão culpa de nada.

- E eu tive? - olhou para Maite.

- Ahm não... mas olha...

- Maite... - ele suspirou e olhou para ela. - Se incomoda se eu não falar disso? Deixei no passado, não quero saber deles.

- Por mim, tudo bem...

Ele a olhou, esperando algo que ela estava devendo. Aquela cara de safado, Maite sabia reconhecer. Ela balançou a cabeça negativamente e sentou sobre ele, lhe dando um beijão.

William correspondeu o beijo e deitou na cama, passou a mão por dentro da blusa de Maite e a apertou.

- É isso que você quer ver? - ela falou baixo e tirou a blusa, revelando seu sutiã. Estava sentada no colo dele, bem em cima de "algo".

- Hmmm - ele sorriu. - Que bonitos... e grandes... - deu um beijo e deslizou a mão para abri-lo.

- Nada disso, mocinho. Não vai fazer isso!

- Eu não ia fazer nada! - sorriu com cara de anjo.

- Não sou tapada. - disse e o beijou novamente.

Um tempo de amassos e beijos rolou ali. Óbvio que a porta estava trancada, mesmo sabendo que nada rolaria, Maite não achou muito confortável a mãe entrar e ver ela e ele sem blusa em cima da cama.

Ela deitou a cabeça no peito dele e pegou o controle remoto. Ligou o som, no baixo, apenas para os dois ouvirem. Eles curtiam a música aos beijos, quando o telefone dele tocou.

- Um instante. Deve ser um deles... Alô?

Mas não, não era Chris, Poncho e muito menos Ucker. Era Pauliana, que estava muito brava com ele.

- Posso saber onde você tá? - exigiu a resposta.

- Ah... Oi. Ahm, pra que quer saber?

Maite olhava a cena sem se meter ou nada disso.

- Para que eu quero saber? William, tá achando que eu sou sua cachorra, que você chama quando tá solitário? Venha para casa AGORA!

- Eu não vou agora não, tô ocupado! - tentava se manter tranquilo, mas sua vontade era de mandá-la pro espaço.

- Não me interessa. Se eu não te ver hoje, considere seu contrato cancelado. - desligou.

William colocou o celular no mudo e o guardou no bolso novamente.

- Desculpa, o Ucker perguntou se eu ia dormir em casa.

- Hum, entendi... Agora volta para mim. - ela riu e o puxou novamente, lhe dando mais um de muitos beijos.

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