Capítulo 77

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William saiu do carro, assim que viu Helena, Maite, Eugenio e Nick saindo do hospital. Correu na direção deles e falou:

- Maite, eu preciso, de verdade falar com você. - ele pediu, respirando ofegante.

- William, não temos nada para falar com você. - Eugenio respondeu e colocou Nick no chão.

- Meu assunto não é contigo. Isso é coisa minha e da Maite! Apenas.

Maite abaixou o rosto, visivelmente magoada com tudo aquilo. Não queria ouvi-lo, não queria escutá-lo. Seu coração estava doendo, e William estava sendo o causador dessa dor.

- Will, por favor, vá embora. Não crie mais confusões. Achei que ia perder meu filho por sua culpa... isso não se faz.

- Mas eu não sabia!!! - disse com lágrimas no olhar. - Eu nunca teria feito se soubesse que o Nickolas é meu filho.

- Agora, você se importa? William, é melhor tudo continuar como estava...

Os quatro ficaram debatendo, sobre algo que não levaria ninguém a lugar algum. William estava desesperado, querendo concertar seu erro de algum modo, mas ninguém o entendia. Eugenio não acreditava em seu arrependimento. Helena achava que todos tinham direito a uma segunda chance, e Maite... estava confusa. Concentrados apenas em si mesmos, não viram quando Nick seguiu um pequeno cachorro de rua, tentando lhe fazer carinho. O pequeno não sabia, mas estava indo pro meio da pista, onde muitos carros passavam aquela hora.

- Vem cachorrinho, vem! - ele dizia, tentanto alcançar o bichinho.

- Isso não faz nenhum sentido! Agora que eu sei, vou recuperar meu tempo perdido e fazer Nick a criança mais feliz do mun... - o olhar de William procurou o menino, e ele de reflexo, olhou para a pista. O menino estava lá, em pé, e não viu o ônibus desgovernado se aproximar. Mas William sim. Correu em direção ao menino, com toda velocidade que conseguia gerar.

Quanto mais rápido ele corria, mais desgovernado o onibus ficava. O desespero bateu em sua mente. Maite não quis olhar, só começou a chorar e pedir a Deus para que nada de ruim acontecesse. Eugenio quis ajudar, mas não dava mais tempo. Helena tentava ser otimista, e dizia baixinho que tudo daria certo.

William chegou ao alcance do menino. Não deu tempo de nada. Só dele empurrar o filho para a aréa com grama. Nick não foi atingido, mas William... infelizmente sim. O ônibus o atingiu em cheio, sem dar tempo de uma defesa de sua parte.

- WILLIAM! - Maite chorou.

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