- Ai amor da vovó. - Helena disse abraçando Nick, que já estava bem melhor. - Você tá bem, meu lindo?Assim que soube do ocorrido, Helena correu para o hospital. Sabem como é. Avó, é mãe duas vezes, então o desespero foi enorme ao saber que seu neto, tão pequeno e inocente, estava no hospital.
Nick fez que sim e deu aquele sorriso lindo para a vó.
- Já parou de doer vovó.
- Ai que bom, meu amor! - Helena olhou para Eugenio. - E a Maite?
- Maite precisou tomar calmantes, e está ali atrás dormindo um pouco. Ficou muito nervosa. - ele explicou.
- Eu imagino. - seu olhar ficou decepcionado. - Eu juro, nunca esperaria isso do William! Nunca.
Eugenio fez carinho no menino, que rabiscava uma folha de papel.- Pois é. Ele e Maite estão numa guerra horrível. E o atingido foi o Nick... o mais inocente da história toda...
- Com licença. - um senhor, vestido de médico entrou. Era o pediatra do hospital.
- Toda!
- Como esse rapaz está? - o médico se aproximou e fez carinho nele.
- Graças a Deus, agora está bem. O mesmo menino de sempre. - Eugenio respondeu.
- Bom, que ótimo. O efeito do laxante terminou, então, não vejo problemas em ele ir amanhã mesmo. Só não libero hoje, porquê está em observação. Pro caso de alguma recaída.
- Como o senhor achar melhor. - disse Helena.
O médico assinou algumas folhas e deu para Helena. Logo em seguida saiu, deixando ela sozinha com o genro. Os dois conversaram, até o sono vir. E os três dormiram ali, para cuidar daquele anjinho.
Quando amanheceu...
William deu um basta daquela cidade! Não queria mais ficar ali, e ver a cara de Maite nunca mais em sua vida. Ir embora, seria a melhor das opções. E ele faria isso. Indo direto, sem se despedir dos amigos. Era o melhor a ser feito.
Maite poderia ser feliz, se casar. E ele, recomeçaria do zero. Assim, cada um ficaria tranquilo e mais feliz.
Como Maite ainda estava no hospital, os seus amigos podiam dormir até tarde. Um ótimo momento para ir.
A única pessoa, na qual ele queria comunicar, era César. Colocou as malas no carro e foi direto para a casa dele.Ao chegar, a empregada mandou ele se sentar, e que já chamaria seu patrão. Ele aguardou por alguns segundos, quando começou a ouvir uma voz feminina ao telefone. Pauliana, provavelmente.
Ele sentiu que precisava ir até ela. E seguiu seus instintos. Ficou de um ângulo onde ela não conseguia o ver. Perfeito! Provavelmente ela falava com o tal namorado, ou com alguma amiga. As palavras que saiam de sua boca, não permitiam que William entendesse.- Sim, eu tô dizendo, vamos viajar o mundo todo... Hã? Ahhhh, aquele exame de DNA, haha! Foi a coisa mais inteligente que meu pai teve idéia. - William franziu a sobrancelha. - O trouxa do meu ex, que se achava o melhor, acabou caindo como um pato nessa história toda. Tava desconfiado que o molequinho lá, era filho dele. E deve ser muito burro, porquê é cara de um, fucinho de outro... e veio com esse papo de DNA. Daí meu pai ensinou como fazer, ele foi lá na clínica, entregar os materiais e a gente simplesmente mudou o resultado. - ela ria, comendo o que parecia ser uma salada de frutas.
O coração de William começou a bater tão forte, que ele ficou com medo de bater as botas ali mesmo, antes que pudesse concertar o erro. Nick era filho dele. César e a filha, haviam armado tudo para ele achar o contrário. Como havia sido burro e cego nesse tempo todo. Estava com raiva, e nojo de si mesmo, por ter feito tamanha maldade com uma criança inocente. E pior, uma criança, que é seu sangue. Lágrimas escorriam no seu rosto, e ele correu pro carro. Não para não ser visto chorando, e sim para ir o mais depressa possível para o hospital. Ligou o carro, e dirigiu daquele jeito mesmo. Nervoso, aflito, com o coração na mão.
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Quando o Amor Fere
Hayran KurguSinopse: Maite é uma jovem alegre e extrovertida que luta dia após dia para realizar seu sonho: Ser uma cantora de rock. Uma de suas inspirações é William, de quem é fã. William é o vocalista da Banda Dope, uma banda Underground da mesma cidade de M...