Capítulo 70

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— Mas é claro que eu assino um contrato contigo. — César disse, totalmente falso. — Você tem sucesso...

— Pena que a Maite não acha isso. — William murmurou e bebeu mais uma dose de Whisky.

— Que foi, William? Tá todo sentimental agora? Antes você não tava nem aí para o que ela pensava ou deixava de pensar.

— Sei lá. Ela deixou minha mente confusa. Não sei o que pensar dela. Se eu conseguisse mudar o passado, jamais teria colocado os olhos naquela mulher. Jamais!

— Falou o meu garoto. O William que eu sempre gostei. Agora é foco. Esqueça mulheres, esqueça bebidas... pense só no seu futuro comigo. — César levantou o copo eles brindaram.

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Maite levou Eugenio para casa naquela tarde. Apresentou-lhe como namorado para a mãe, menos para Nick... tinha que preparar o menino antes.

Helena ficou feliz, porém insegura em relação a Eugenio. Tinha algo no olhar dele, que fez a mais nova sogra perceber que o namoro era uma escapada, algo forçado. Ela queria não estar enganada, mas era o que sentia.

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Poncho e os amigos estavam na sala quando William desceu com uma mala e olhou pra eles.

— Que isso, William? Que mala é essa? — Perguntaram.

— Como não pertencemos mais... a mesma banda, achei melhor ir embora... para não incomodar vocês.

— Nada disso cara! — Poncho pegou na mala. — Essa casa não é da banda. Essa casa é nossa. Compramos ela com a venda do nosso CD. Nem Maite nem ninguém vai poder te tirar daqui.
William sorriu e deu um abraço nos amigos. Estava com seu coração aliviado em saber que não ia precisar ir embora. Aquela era sua casa, com seus amigos, e ninguém poderia afastá-los.

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Dois dias depois, William tomou coragem e foi buscar seus instrumentos na gravadora. Lhe pertenciam, ele havia comprado com seu dinheiro.

Mas, pro seu azar, a sua recepção não foi a das melhores. Maite estava beijando Eugenio no exato momento em que ele chegou.

William sentiu ciúmes, muito ciúmes que teve que se controlar para não partir pra cima dele. Estranhou... deveria ter se sentindo assim quando viu o beijo entre Pauliana e Cláudio. Mas não. Não sentiu. Seu ódio estava alí, bem na sua frente, ao ver Eugenio beijando a boca de Maite.

Não quis ver mais. Pegou e saiu. Foi diretamente para casa.

Uma hora após ter ido, Maite recebeu a visita inesperada de César. Estava com uma mala.

— Não se altere. — ele pediu. — Minha vinda aqui é totalmente profissional.

— E o que seria tão profissional ao ponto de eu ter que te receber?

— Tenho uma pessoa! Eu sei, que você e todos os funcionários da gravadora já estão administrando muitas pessoas, mas esse aqui é um pote de ouro. É solo, talentoso, e não dá trabalho algum.

Maite achou que ele estivesse se referindo a um rapaz novinho, que estava querendo cantar sozinho e fazer sucesso pela beleza. Mas, se ela o pegasse, poderia administrá-lo e quem sabe faze-lo o mais novo integrante da banda. Seria um jeito de acabar com William! Ela estendeu os braços e disse:

— É claro que aceito!!!!

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César armando pro William denovo hein. Pois sabe que quando Maite souber, não irá aceitar! Hm... complicou!

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