Capítulo 34

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— Chama, chama e ninguém atende. — Maite bufou. 

— Tenta mais uma vez.

— Saudades responsabilidade. — reclamou, ligando novamente.

Alguém do outro lado da linha atendeu. 

— Alô? William, onde você tá? — Maite perguntou.

— Bom dia, não é o William. — uma voz feminina respondeu.

Maite engoliu seco. Olhou pros rapazes. Não estava acreditanto que William estava com uma mulher sabe se lá onde. Não gostou nada daquilo. Seu coração estava sendo ferido pelas facas de ciumes.

— Ah! Tudo bem então, avisa pro seu namoradinho que ele está fora do cli... — antes que ela conseguisse terminar a frase, a mulher do outro lado da linha falou:

— Namorado? Não, senhorita. Aqui é uma médica. O paciente William está no hospital e eu tormei a liberdade de atender o telefone dele.

O estômago de Maite gelou e seus olhos piscaram rapidamente de nervosismo. 

— Ho-hospital? — ela indagou, os rapazes olharam para ela preocupados.

— Sim, o hospital geral do centro. 

— Mas o que diabos ele está fazendo aí? — Maite perguntou nervosa.

— Bom, não tenho permissão para falar isso por telefone senhorita. Seria bom que viesse para cá o mais rápido possível saber do estado do seu amigo.

— Ai meu Deus! — Maite engoliu seco e mordeu os lábios. — Tá... tá bem, estou indo agora. — desligou e olhou pros rapazes.

— Hospital? O que houve, Maite? — Ucker perguntou.

— Eu não sei, não me disseram. Houve algo com o William e parece que ele não tá nada bem. 

— Vamos pra lá, então?

— Sim, ai... claro. Vamos. Droga! Eu não tenho com quem deixar o Nickolas. Não gosto de levar ele para esses lugares e o Eugenio ainda não chegou.

— Você terá que levá-lo. Dependendo da situação eu o levo pra casa e fico com ele depois, se quiser.

— Sim, Poncho. Obrigada. — Maite pegou o filho e olhou para os diretores de gravação. — Senhores, desculpem, mas o vídeo terá que ser adiado. Não se preocupem que pagaremos em dobro pelo serviço. Mas realmente hoje não tem como. Até mais. — ela saiu disparada com os rapazes.

Poncho dirigia o carro no máximo de velocidade que podia. Maite estava nervosa, pensou até no pior, que William poderia ter sofrido um grave acidente e deixou cair umas lágrimas no caminho.

Quando chegaram, buscaram informação sobre o paciente. A médica que atendeu Maite no telefone se aproximou:

— Olá, você deve ser a senhorita com quem falei agora pouco. Meu nome é Marta.

— Oi, prazer. Como ele está? O que houve?

— Bom, ele está fora de perigo agora. Por sorte o acharam a tempo antes dele morrer sufocado.

— Sufocado? — Poncho segurava Nick.

— Sim. Parece que o paciente exagerou bastante na bebida. Estava num bar, quando desmaiou num local afasado da multidão. Vomitou, desacordado, tudo aquilo que bebeu a noite inteira. Um dos garçons achou ele e se desesperou ao ver que também tinha vomitado um pouco de sangue.

— Meu Deus! — Maite chocada, levou a mão na boca.

A preocupação dos rapazes aumentou ao lembrarem que não era a primeira vez que isso ocorria. 

— E como ele está, posso ve-lo? — Maite perguntou a médica.

— Está vivo, tomando soro no quarto. O Dr. Cláudio está fazendo uns ultimos exames. Se quiser ve-lo, é só me acompanhar.

— Rapazes, eu já volto.    

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