Capítulo 35

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Quando entrou no quarto de William, sentiu a vontade de abraça-lo forte, de dizer no seu ouvido que estava tudo bem com ele, que ela iria cuidar dele. Mas o orgulho falou mais alto, gritou, na verdade. Ela se aproximou de William, que conversava com o Dr. Cláudio. — sim, o mesmo "amigo" de Pauliana. 

— Foi por pouco, hein. Quase que você não morre rapaz. Precisa tomar mais cuidado quando for sair para beber sozinho. — o Dr dizia.

— Eu já havia saído inúmeras vezes, e nada disso aconteceu. — William afirmou.

— Mas pra tudo na vida há uma primeira vez.

— Ahm, bom dia, doutor. — Maite cumprimentou o médico que sorriu para ela. — Como se sente, William?

— Me sinto ótimo. — olhou para ela.

— Não parece. Está pálido, com os olhos fundos.

— Mas estou ótimo por dentro.

— Eu não diria isso, rapaz. Se continuar assim, terá uma overdose feia. — Cláudio carimbou umas fichas. — Você já é grande, sabe o que faz. Bom, preciso ir atender outros pacientes.

O médico pegou a ficha de William e se retirou do quarto, deixando ele com Maite.

Maite olhava séria para William, mas por dentro estava toda derretida ao vê-lo mal daquele jeito.

— Tsc tsc tsc... William, o que você pensa da vida?

Ele ficou calado.

— Você completou seus 27 anos a pouco tempo. Se droga, bebe, e ainda quer ter uma carreira? Olha, se você continuar assim, vai fazer parte da lista dos rockstar's que morreram aos 27 anos hein.

— Maite, eu sei cuidar da minha vida. Já sou um homem. Hm?

— Homem? — Maite riu. — Não, você é tudo, menos um homem. Está se comportando como uma criança rebelde. William! Acorda pra vida. Um dia, nem eu nem seus amigos poderemos estar aqui pra limpar cada sujeira que você deixa. Você já é crescido, mas se comporta como um moleque.

— Não é verdade. E além disso, não pedi para nenhum de vocês estarem aqui. Podem ir, eu tô bem. Gravem o clipe sem mim. — ele cruzou os braços e olhou para o outro lado.

Maite riu de nervosismo.

— Além de tudo, agora você virou ingrato? Não reconhece as coisas boas que seus amigos fazem por você? Que isso, William? A cada dia que passa, eu vejo que você exibe mais um defeito em você. Se eles estão aqui é porquê te amam, nenhum dos três foi obrigado a vir. Igualmente a mim, se também to aqui é porquê te a... — ela respirou fundo.

William olhou pra ela, sabendo exatamente o que ela quase falou.

— É por que eu me preocupo contigo, como me preocuparia com Poncho, Cris e Ucker. — contou o nome dos três no dedo.

Ele deu de ombros. As palavras de Maite passaram de um ouvido para outro em William. Ele realmente não queria saber de nada. Não queria ouvir broncas, não queria estar ali.

— Eu já entendi. Mas não concordo. A vida é minha e eu faço o que quiser.

— Quer saber? Tá, faz o que quiser. Se eu souber que você usou alguma droga ilícita, você está fora da Dope.

— QUE? Você não pode fazer isso, a banda é minha.

— Não, meu querido. Desde que você assinou o contrato, a Dope É MINHA! Ficou claro? — ela pegou a bolsa e olhou para William, que agora estava vermelho de raiva.

— Passar bem. — ele disse irônico, a vendo sair do quarto.

Passando pelo corredor, várias pessoas pediram fotos com Maite, que como era uma excelente ídolo, não recusou. Daria atenção ao seus fãs onde quer que estivesse. 

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