Capítulo 22

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Alguns meses depois...

A carreira de Maite estava começando. Algumas músicas dela tocavam na rádio, e ela comemorava toda vez que tinha a oportunidade de ouvir uma. Seu CD já estava lançado. Apesar de ainda ser pouco conhecida, a vendas iam bem pra uma artista iniciante. Eugenio se orgulhava dele. Era seu primeiro projeto e faria de tudo para que ela subisse cada vez mais. Encantada com o mundo que a filha estava vivendo, Helena apoiava todos os dias a filha, e a paparicava, por estar grávida de 6 meses.

- Sabe o que eu acho? - Helena passou a mão na barriga da filha. - O Nickolas terá muita sorte em tê-la como mãe.

- E eu terei muita sorte em tê-lo como filho. - suspirou sorrindo. - Estou tão feliz que agora tudo está indo bem, mãe.

- Você merece tudo de bom que está acontecendo contigo. É uma garo... - riu. - uma mulher muito bondoza para ficar sofrendo. Eu me orgulho de você.

- Obrigada, mãe. - sorriu.

- E quanto ao Eugenio, filha? - Helena achava ele um bom rapaz, o ideal para namorar sua filha.

- O que tem ele?

- Não******nada entre vocês?

- Mãe, somos apenas amigos. Além disso, ele me respeita muito, sabia?

- Imagino, do jeito que é cavalheiro. Mas você gosta dele?

- Adoro, mas como amigo, mãe. A senhora entende né?

- É, entendo. - deu de ombros. - Mas adoraria que ele fosse seu namorado, é um homem maravilhoso.

Maite sorriu e soltou uma pequena risada. A mãe dela adorava Eugenio, e ele também correspondia aquele puro sentimento. Sempre perguntava se "a Dona Helena precisava de algo".

Do outro lado da cidade, os Dope's voltavam de mais um show. Estavam exaustos e queriam se distrair um pouco antes de irem se deitar. William foi na cozinha para pegar bebidas. Poncho, Chris e Ucker ficaram na sala.

- Ouvi mais uma canção da Maite hoje, na rádio. - Chris disse.

- Ela canta muito bem, e compõe muito bem também. Além de tudo é muito gente boa. - Ucker a elogiou.

- Isso eu concordo, William vacilou deixando-a ir embora, não acham? - Poncho se jogou no sofá.

- Achamos, sem sombra de dúvidas. Além de linda ela é muito carinhosa, muito amiga. Seria a companheira ideal para Will. Pena que ele prefere as da rua. - Chris respondeu, se lamentando de verdade pelo amigo ter perdido uma mulher daquelas. - Maite será também uma boa mãe, aposto.

- O que você disse? - William saiu correndo da cozinha após ouvir o que seu amigo falou. - A Maite tá grávida? COMO ASSIM?

- É, William, a gente achou que isso não ia te interessar, então escondemos de você. - a franqueza na fala e nos olhos de Poncho irritaram William profundamente, mas ele se conteve.

- É, Will. Vai ser papai. - Chris deu dois tapinhas de leve no ombro do amigo.

- Aquela imbecil. Não tomou um rémedio? - gritou.

- William, você também poderia ter usado camisinha, não acha?

- NÃO! Não acho nada!!!! Sabe por quê? A obrigação de se cuidar é da mulher. ELA que tinha que ter tomado a porcaria do anti-concepcional.

- Isso não tem absolutamente nada a ver. O dever é dos dois. E além disso a criança não tem culp... - Ucker foi interrompido por William.

- Espera... Eu terminei com ela faz um tempão. E ela já tava com um carinha da ultima vez que eu vi ela. - sorriu e riu com uma nuvem de alivio em sua mente. - Esse filho não é meu.

- Will, acho que você pode estar engana...

- Esse filho não é meu. Deus não faria isso comigo. Não é meu. É do outro cara lá. Eu disse. Quando eu falei que ela não prestava, o errado era eu.

- Mas William, isso é impossível por que ela tá grávida de muitos me...

- Não! - se recusava a acreditar. - Não é meu. Eu não vou ter filho nenhum, principalmente com aquelazinha, metida a cantora de rock. Está bem?

- Aff, como quiser. Acredite em que quiser.

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