Capítulo 17

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UM MÊS DEPOIS.

Um coração quebrado só se cura com um novo amor. Será mesmo?

A campainha tocou e William foi atender. Ficou surpreso por ver quem era.

- Dona Helena. - ele disse.

- William! - olhou desapontada para ele.

- O que devo a honra de sua visita?

- Você não imagina? - seu tom irônico já tinha deixado claro que eles iriam falar de Maite.

- Ah!

- Posso entrar, quero conversar contigo. - ela disse. Helena, quando queria era a pessoa mais calma do mundo.

- Hum, pode sim. - deu espaço para ela entrar.

Os dois foram para a sala e ela se sentou.

- Café, água, suco? - ele ofereceu.

- Não, obrigada. O que eu tenho para falar é rápido, não se preocupe.

- Pode começar...

- Por que? - ela perguntou.

- Por que o quê?

- Por que você fez isso com minha menina? Ela te fez algo?

- Não, mas é meu jeito. Nem com minha própria namorada eu quero compromisso, imagine com uma quase desconhecida.

Helena balançou a cabeça negativamente.

- Ela te ama, William. É crueldade despertar amor num ser e depois abandoná-lo.

- Eu sei exatamente o que é isso. - se referia aos seus pais.

- Será que você não pode ao menos pedir desculpas a ela?

- Não. Meu orgulho é enorme.

- Orgulho? A única que saiu ferida nessa história toda foi minha filha, entendeu?

- Só lamento...

- Agora ela não come, não bebe, não sai, não faz nada. Só fica na cama se perguntando o que ela tem de errado. Você acha isso justo?

- Eu não sei de nada. Ela que tenha forças para levantar e começar tudo de novo.

- Você não existe. Eu te dei minha confiança, meu apoio total. EU te entreguei a coisa mais importante da minha vida. E você diz que não se importa, usando outras palavras...

- Olha... - ele bufou. - É só isso? Eu tenho um futuro pela frente onde a Maite não está incluída. EU, vou seguir minha vida como se nada tivesse ocorrido.

Helena se levantou e balançou a cabeça.

- Tomare que você nunca sofra o que minha filha está sofrendo, por sua causa. - ela se retirou e foi direto para casa.

O diretor da clínica deu a ela uns dias para cuidar de Maite. E era isso que ela ia fazer. Chegou em casa e foi ver a filha, que estava no computador. Menos mal, uma melhora, pequena, mas era uma melhora. Mas ela não estava nas redes, navegando em qualquer coisa. Seus ombros tremiam. Ela chorava novamente.

- Filha, o que aconteceu?

- William publicou tudo o que aconteceu entre a gente no site da universidade em que estudei mãe. Olhe...

Helena viu o perfil dele e ficou horrorizada com as coisas que ele colocou a respeito de sua filha. Tudo aumentado, do que realmente tinha acontecido.

- Todos já sabem. Agora, minha vida vai ser enfiada dentro desse quarto pra sempre, mãe. Mas antes... - ela se levantou e pegou sua bolsa de dinheiro e saiu disparada em direção a rua.

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