Capítulo 56

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— Pai, você tá ficando MALUCO? A idade tá afetando seu cérebro, ou o que? — Pauliana entrou no carro e bateu a porta. Será que o pai estava enlouquecendo? Ajudar o William? Como assim! Era o fim do mundo mesmo.
— Pauliana Évora! Pare de gritar como se eu fosse um de seus colegas, entendeu?
— Tá parecendo. Porquê pai que é pai não faz isso!
César lamentou-se por ter mimado tanto Pauliana. Mas fez por uma boa causa. A menina tinha perdido a mãe no parto, e desde estão ele dava a vida por ela. Fez tudo o que ela queria, sem pensar se estava fazendo o correto ou não.
— Oh coisinha ignorante! — César deu um tapa no volante, ainda parado. — Será que você ainda não sacou o que aconteceu aqui, é?
— Não saquei não! Explica antes que eu dê um troço. COMO ASSIM, PAI? Exame de DNA pra comprovar que aquele pirralho é filho do MEU homem?
— Claro que não, Pauliana! Poxa, deixa eu explicar. — pediu. — O que vai acontecer, é o seguinte. Essa será minha vingança contra William. Graças a mim, ele nunca saberá que essa criança é sua. Entende? Vamos forjar um exame. 
Pauliana tinha começado a entender tudo! Finalmente. Concordou, obviamente. Assim que terminaram a conversa foram para clínica conversar com Cláudio, que concordou com o plano mas cobrou uma boa quantia de garantia se caso descobrissem aquele crime.
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William estava sentado na sala, pensando numa maneira de conseguir uma mecha do cabelo de Nick. Não seria uma tarefa fácil, mas ele não poderia desistir. Eles ensaiavam e Maite sempre deixava o menino numa salinha, vendo desenhos. Essa seria sua oportunidade. E faria! Pensou no futuro, quando pegasse o resultado e visse: Positivo! Ficaria muito feliz e conversaria com Maite, para tentar chegar num acordo. Rezaria para que ela aceitasse.
Pensou em fazer um quarto pro filho. Como há tempo eles tinham se mudado para uma casa maior, estava sobrando uns quartos extras, e um deles, seria de Nick. Imaginava-se no shopping com ele, brincando com ele. Já se sentia pai. Aquele menininho que ele tomou conta algumas vezes, quando bebê. Por quê se negou tanto a acreditar que ele era pai? Por medo de ser um péssimo pai? Provavelmente. O fato é que se aquele exame comprovasse a paternidade, William teria um motivo para viver.

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