O ar brasileiro entrava no pulmão de Maite e sua mãe. Elas deixaram o jatinho e fecharam os olhos ao sentirem o calor do Brasil. Ah, que saudades desse ar, desse sol, desse país. Maite continuava de olhos fechados, sentindo o sol queimar a sua face, que havia ficado branca demais por conta do clima frio da França.
— Meu Deus! — uma voz exclamou bem na frente de Maite, e ela de olhos fechados sorriu ao reconhecer. — Olha pra você, está maravilhosa!
Ela sorriu mais e abriu os olhos. Eugenio estava em sua frente. Como sempre, lindo! Sorriu para ela e abraçou.
— Meu amigo... hmmm que saudades de você! — ela o apertava.
— Também senti muita saudades. — ele se afastou um pouco, para cumprimentar Helena.
— Como vai, rapaz? Está mais bonito, hein! — Helena passou a mão no cabelo de Eugenio que sorriu.
— Gentileza sua, Helena! — o olhar de Eugenio abaixou e ele se deparou com a criaturinha mais bela no planeta na sua frente.
— Oh meu Deus! — seus olhos brilharam. — Esse... esse daqui é aquele neném que foi embora há dois anos?
Maite riu.
— Sim, Eugenio. É meu Nick! Não está lindo? — disse com ar de mãe babona.
— Está lindo! E esse estilo, nossa...
Nick sorriu para Eugenio. Sentiu confiança nele. Não se lembrava, mas quando era um bebê, Eugenio havia trocado muitas fraldas dele.
— Oi, tio! — disse estendendo a pequena mão, para Eugenio o cumprimentar.
— Tudo bom, carinha? Gostou de andar de avião? — Eugenio o pegou no colo.
— Gostei! As pessoas ficam desse tamaninho. — fez um gesto com a mão e todos riram. Encantador!
— Sim, anjinho. — Eugenio suspirou e olhou no relógio. — Bom, temos exatamente meia hora para chegar num restaurante que eu reservei.
— Eugenio, você não muda hein! — Maite falou admirada com a fofura do amigo.
Entraram no carro. Enquanto o motorista dirigia até o centro da cidade, Maite deixou-se atrair pela janela do carro. Nick, Eugenio e Helena conversavam, mas ela preferiu ficar olhando por mais um tempo para sua cidade. Sorriu e viu como nesses 2 anos, tudo havia ficado mais lindo. Tinha sorte! Pensou nos rapazes da banda. Como será que estavam? Em especial, William. Algo dizia que ele havia mudado. Mas será que esse sexto sentido estava certa? Vá saber. Ela só descobriria se os visse novamente. Durante o tempo que esteve lá, não recebeu se quer uma reclamação dele. E isso era bom e ruim ao mesmo tempo. Bom, que se fosse verdade, William estaria usando o pouco de senso e juízo que lhe faltava. E ruim, era que ele era malandro. Sabia fazer suas besteiras sem ninguém saber. O famoso "come quieto" sabia onde, quando e com quem fazer merda! E isso preocupava Maite.
Chegaram no restaurante, e pediram a sugestão do chefe. O começo do almoço foi agradável, Maite saboreava com vontade a culinária que tanto lhe fez saudade. Nick comia algo mais fácil. Conversavam sobre as novidades.
— Espero que a banda esteja realmente bem, hein, Eugenio. — Maite bebeu um pouco de vinho.
— Pode confiar. Eles fizeram tudo o que você mandou.
— Assim espero, de verdade!
— Amanhã eles estarão na gravadora. — ele pegou o guardanapo e limpou o canto da boca. — Se não estiverem cansadas da viagem, podem ir lá.
— Hum, talvez eu vá. E você mãe?
— Ai, filha. Não sei! Prefiro ir a clínica e voltar ao meu trabalho. Não se incomoda né?
— Não, mãe. Que isso. Eu acho lindo você ter tanto amor à sua profissão. Pode ir!
— Mas e o Nickolas? Vai ficar com quem?
— Quando eu tinha a idade dele, você ou o papai sempre me levaram pro trabalho de vocês. Eu devo fazer o mesmo, ué. Ele é meu filho, tem que ficar comigo. Tô certa, Eugenio?
Eugenio fez apenas que sim com a cabeça.
Maite foi fazer um carinho em Nick, mas o danado já tinha saído da mesa e ido atrás de uma garotinha da sua idade. Segurava a mãozinha da menina, que conversava alegremente com ele.
— Ai meu Deus! — Maite levou a mão no rosto e riu. — Eu não tô acreditando que ele fez isso!
Eugenio e Helena olharam e viram dois pingo de gente, caminhando por todo restaurantes. Os dois riram. Várias pessoas do restaurante olhavam para o mais novo casal que havia se formado ali.
— Esse menino é um sem vergonha. — ela riu. — Lá na França ele paquerava algumas francesinhas. Não sei a quem ele puxou.
Helena e Eugenio falaram ao mesmo tempo:
— Queeeeeeeem será?
Maite corou e fingiu não ter escutado. Mas tinha que admitir. Nick tinha o jeito do pai!
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Quando o Amor Fere
FanficSinopse: Maite é uma jovem alegre e extrovertida que luta dia após dia para realizar seu sonho: Ser uma cantora de rock. Uma de suas inspirações é William, de quem é fã. William é o vocalista da Banda Dope, uma banda Underground da mesma cidade de M...