- Eu espero que você tenha entendido o recado. Não é bem vinda aqui. - Maite a soltou.
Pauliana mirava toda sua furia em Maite. Estava vermelha de raiva e não deixaria barato toda aquela "humilhação". Maite agora tinha uma inimiga forte que estava disposta a derrubá-la, tijolo por tijolo.
- Você não tem direito algum. Eu virei todas as vezes que me der na telha.
- Se você não quiser ficar careca, pode vir mesmo. Só lembra uma coisa, da próxima vez será muito pior.
Os rapazes sairam da gravadora para verem se as duas já tinham se matado ou não. Encontraram elas de frente para outra, como dois cães com raiva brigando por comida. E adivinha quem era a comida?
William riu de gargalhar e aplaudiu aquela cena.
- Ai meu Deus, eu devia ter filmado isso! - ele ria, mas as duas olharam sério para ele. - Briga de mulher é sempre bom de ver.
- Seu idiota, vê ela me batendo e não fez*******nenhuma. É isso mesmo? - Pauliana levou a mão na cintura, esperando a resposta de William.
- Queria que eu fizesse o que? Vocês que resolvam suas diferenças, tá bom?
- ENFIM! - Maite acabou com a palhaçada. - Diga para sua namorada não por mais os pés aqui se ela não quiser perder os cabelos. - Maite a olhou de cima a baixo e se virou, entrando novamente na gravadora.
Sua cabeça doía, as mãos tremiam e ela respirou fundo para não entrar em estágio de loucura total.
Poncho sorriu e balançou a cabeça em não, ao perceber que ela estava louca de ciúmes de William. E fez questão de ir comprovar isso, seguindo-a.
Encontrou Maite sentada, batucava um dos pés no chão e olhava sério para o nada.
- Maite? - ele se aproximou cautelosamente.
- Sim? - ela continuava olhando pro nada.
- Você tá legal?
- Tô ótima. Nunca estive melhor. Não vê como tô sorridente? - ela falou irônica, como toda mulher ciumenta. Poncho sorriu ao confirmar sua suspeita.
- Não parece. - suspirou e falou por fim. - Parece mesmo é que está... com ciúmes.
- Ciúmes? Nã-não que isso! Ciúmes de que?
- Não "de que". E sim, "de quem".
- Não inventa, Poncho.
- Eu conheço suficientemente uma mulher para saber que ela está com ciúmes. E você está com toooodos os sintomas.
Maite virou-se de costas, pois não queria que ele notasse que estava vermelha feito um morango.
- Admita pra mim pelo menos, vai. Somos amigos ou não?
- Mas, mas, mas... admitir o que? Eu estou falando a verdade.
Poncho a encarou nos olhos profundamente, a intimidando até que a verdade saísse daquela boca.
- Ain tá. - ela se sentou. - Foi ciúme sim. Aff!
- Eu sabia! - ele sorriu.
- Mas não conta. Ele já se acha, com isso então...
- Por mim ele não saberá, fica tranquila.
Os outros três voltaram pra gravadora, sem Pauliana. Maite engoliu o ciúme e olhou para William.
- Não quero saber dessa fulana aqui.
- E se eu a chamar novamente? - cruzou os braços.
- Se você chamar novamente, pode crer que não será ela que ficará sem os cabelos.
William engoliu seco.
- Está entendido, madame. - ele bufou e respondeu irônico.
Maite sorriu vitoriosa e eles voltaram aos ensaios, que dessa vez foi assistido por Nick, que desde bebê, mostrava-se interessado na música.
A carreira deles começava a caminhar do jeito certo. Seu público ia caminhando e aumentando junto e tudo parecia estar sendo como deveria ser.
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Quando o Amor Fere
FanfictionSinopse: Maite é uma jovem alegre e extrovertida que luta dia após dia para realizar seu sonho: Ser uma cantora de rock. Uma de suas inspirações é William, de quem é fã. William é o vocalista da Banda Dope, uma banda Underground da mesma cidade de M...