— Eu fico feliz em saber que sua carreira está começando a caminhar, Maite. — Poncho estava feliz pela amiga.
— Obrigada Poncho, obrigada mesmo. Você, Ucker e Chris tem sido como irmãos para mim.
Maite estava passando a tarde com seu amigo, Poncho em sua casa. Era uma tarde tranquila, um pouco nublada e a conversa estava agradável.
— Mas se tudo estivesse perfeito. — ela suspirou.
— E não está?
— Depende do ponto de vista.
— Não entendo, Maite. — ele afirmou tentando buscar clareza nas palavras dita pela amiga.
— Poncho, — ela abaixou o olhar, num momento vergonhoso, talvez. — Estou esperando um filho do William.
As sobrancelhas dele se arquearam alto o suficiente para ler sua expressão e notar seu espanto. Ninguém havia pensado que algo assim poderia acontecer, ninguém, muito menos William.
— Você disse que está grávida?
Ela apenas fez que sim com a cabeça.
— E pretende contar ao William?
— Eu não sei, já pensei nisso muitas vezes. Numa hora, eu sinto que preciso contar, afinal não fiz o neném sozinha. E em outra, sinto que é melhor ele não saber.
— Maite, me desculpe se isso te ofender. Ultimamente vejo você com um carinha... não pode ser dele? — Poncho perguntou, achando que o tal carinha era o novo namorado da amiga.
— Não me ofendeu. E também, não pode ser do Eugenio. William foi o segundo homem na minha vida, o primeiro existiu a muito tempo, e tivemos que terminar por causas pessoais. Depois disso, William foi o único que me tocou.
— Entendo. — suspirou. — Mas, você pode contar comigo, viu?
— Obrigada mais uma vez. Se for menino e puxar um pouquinho seu gênio, eu vou agradecer muito a Deus. — ela soltou um pequeno riso sincero.
— Bom, não sei se ele puxará a mim, pois não é meu filho. Maaaas, melhor puxar o meu do que puxar o do pai, não é? — riu.
— Com certeza.
Mais tarde, Poncho chegou em casa e sua cabeça ainda não tinha esquecido as palavras de Maite. Ela estava grávida de um homem que não estava nem aí para nada, que não tinha responsabilidade com nada. Sentia-se na obrigação de ajuda-la, pois sabia do plano de William e não teve a coragem de alertá-la.
— Que foi, Ponchito? — William deu um leve tapa na cabeça do amigo.
— Que é, cara... — Poncho não queria assunto.
— Que é pergunto eu, desde que você chegou tá ae, quieto.
— Não se liga aqui não. Sua vida já tá cheia de problemas para você ficar cuidando da minha, não acha?
— Que problemas? Minha vida tá ótima. Não existe isso no meu dicionário.
— Você que pensa. — bufou. — Por quê você não vai falar com a Maite, hein? Acho que vocês tem muito o que conversar.
— Eu? Ir falar com aquelazinha, pra quê?
— Ela poderia te contar, mas acho que não fará isso.
— Ah! — deu de ombros. — Ela vai ficar sofrendo a vida toda? Ela que parta pra outro.
— Babaca! — olhou sério pro amigo. — Deixou uma mulher de ouro escapar de suas mãos, a única que você teve que prestava.
— A única que eu tive que demorei mais pra pegar, você quis dizer.
— Você não sabe o que diz. Tenho pena deles por ter envolvimento contigo. — Poncho subiu pro quarto, cansado daquele papo todo.
William não entendeu muito bem por quê o amigo usou "eles", mas também não se deu ao trabalho de ir perguntar algo que não lhe interessava.
— Será que a Maite ia gostar de uma visita? — ele riu e pegou a chave do carro.
Ele gostava, gostava de atentar, perturbar. Entrou no carro e foi para a casa de Maite, decidido a conversar com ela. Tocou a campainha e Maite atendeu.
— Você? — ela perguntou.
— Eu! Feliz em me ver? — ele mordeu os lábios olhando pra ela.
— Diz logo o que você quer, William, eu tenho coisas pra fazer.
— O "Grande Poncho, amparador" veio te ver?
— Veio, e daí?
— Pra quê?
— Não é da sua conta, tá bem? Ele é meu amigo e pode vir me ver quantas vezes tiver vontade.
— Então eu também posso. — ele riu.
— Não. Você é o único da banda que não é bem-vindo dentro da minha casa.
— Uhhh, mas fui o único da banda a ser bem vindo dentro de você? — ele a encarava com seu sorriso endiabrado.
Maite revirou os olhos e cruzou os braços. Às vezes, William era tão infantil.
— Tá bom, era só isso? — ela perguntou, querendo voltar ao seus deveres.
— Não, tem isso aqui, óh. — ele falou baixinho e a agarrou, prensando-a na parede e depositando em seus lábios um beijo matante.
Maite lutou para se soltar dos braços dele, mas ele era forte, a segurou e a beijou com mais vontade.
Infelizmente, ainda apaixonada, Maite acabou se entregando ao beijo dele, que adorava tanto sentir.
— Fácil. — ele disse após o beijo, se referindo a ela.
— Como é? — sentiu uma pontada no coração ao ser chamada assim.
— Fácil, você é fácil demais, sabia? Posso te beijar quando eu quiser e se eu quiser te levar pra cama, eu levo.
Maite se encheu de ódio e sua mão foi em cheio na cara de William, que pôs a mão no rosto e devolveu o tapa.
Eugenio viu a cena e se pôs no meio dos dois.
— Que isso, cara? Ficou louco? Não se bate numa mulher. — Eugenio disse.
— NÃO SE METE, ENGOMADINHO. MEU PROBLEMA COM ELA É PESSOAL.
— Maite, você tá bem? — passou a mão no rosto dela, onde havia levado a pancada.
— Tô, esquece. Que bom que você chegou, preciso falar contigo. — ela disse para Eugenio.
— Tudo bem, entra, já já eu entro.
Maite fez o que Eugenio pediu e entrou, sentou no sofá. Não chorou, apenas estava com ódio de William.
— Espero não te ver encostando a mão nela novamente, babaca. — Eugenio disse.
— Isso não é da sua conta, playboyzinho. — entrou no carro e saiu dirigindo.
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Quando o Amor Fere
FanficSinopse: Maite é uma jovem alegre e extrovertida que luta dia após dia para realizar seu sonho: Ser uma cantora de rock. Uma de suas inspirações é William, de quem é fã. William é o vocalista da Banda Dope, uma banda Underground da mesma cidade de M...