Capítulo 50

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Havia sido aberto um Mc Donald's novo na cidade. Era como se fosse numa pracinha fechada, com os brinquedos do fast-food para as crianças usarem. Eles comeram e Nick insistiu para ficarem um pouco, para ele poder brincar. Aceitaram. Eugenio e Maite se sentaram no banco da praça, olhando Nickolas correr e se sujar ali perto. Eles não notaram, mas estavam sentado muito pertos. Qualquer um poderia dizer que eram um casal.

— Ele está lindo. — Eugenio suspirou. — Não me canso de dizer!

— Sim, e muito saudável também. — ela disse orgulhosa. 

— Ele pode ter o jeito do pai, mas é lindo feito a mãe. — Eugenio comentou baixinho, fazendo Maite olhar pra ele. 

— É mesmo? — questionou.

— Pois é.

— Saiba que também é lindo, Eugenio. — ela sorriu e aproximou-se mais dele.

Eugenio olhou para a boca dela, e ela olhou para a dele. Ele passou a mão delicadamente sobre a face macia dela, a fazendo suspirar. Ela estava se deixando levar pelas carícias do amigo. Talvez por estar frágil, quisesse receber um carinho que fosse. Mas não foi só isso. Ganhou um brinde. Eugenio a puxou mais pra perto e lhe deu um selinho. Quando viu que ela não se incomodou, teve total confiança em si mesmo para transformar aquilo num beijo mais adulto. 

Ela correspondia, claro. E reconheceu para si mesmo que Eugenio beijava muito bem. Tão bem quanto William. E Eugenio, se sentia feliz por ter essa oportunidade.

 E Eugenio, se sentia feliz por ter essa oportunidade

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Nick parou o balanço e viu o beijo. Sua mente inocente se perguntou por qual motivo Eugenio beijava sua mãe, se ele nem era seu pai. Sentiu um pouco de ciúmes, mas ficou na dele. Observando de longe aquela cena que incomodava o seu pobre coraçãozinho.

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— Você não entende? Ela me bateu DUAS vezes! Não posso permitir isso. Ela está ficando louca, escreva o que eu estou te falando. — William abriu a lata de cerveja e se sentou.

— William, eu acho que ela tem os motivos dela. Também acho errado mas...

— Motivos? Que motivos?

— Vamos usar VOCÊ como exemplo! — Poncho pausou o vídeo-game por um instante e o encarou. — Você sai por aí pegando mulheres, como se fosse um cão no cío. Não sei como não é pai de metade das crianças dessa cidade. Daí, no meio de tantas vadias que você já pegou, aparece uma mulher. Uma mulher de verdade! E o que você faz? Usa ela apenas pra transar, como se fosse um cachorra, e depois dá um pé na bunda?! Acha o que? Que a Maite vai ficar sorrindo, exibindo os dentes pra você depois de tudo o que ela passou?!

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