- Argh! - Pauliana se queixou ao ver que William acendeu o cigarro. - Que nojo, William.
- Não começa a reclamar, acabamos de fazer as pazes e você já quer brigar de novo?
- Você sabe que eu odeio cigarros e deve fumar só para me irritar. - ela se levantou, estressada e foi vestindo sua roupa.
- Vocês mulheres, nunca estão satisfeitas com nada. Você vem pra cá, me puxa pro quarto, me estupra e ainda quer dar ordens... Meu Deus. - disse de olhos fechados suspirando.
- RIDÍCULO! - gritou e jogou o salto alto em cima de William que riu.
- Vai pra casa, relaxa... depois a gente conversa. E ah, toma remédio, viu? Não quero surpresa alguma daqui uns meses.
- Você é um imbecil. - bufou e saiu do quarto batendo a porta.
- Você é um imbecil. - William a imitou rindo e em seguida pegou seu celular, onde havia duas ligações perdidas de Maite. - Hummm, vamos ver o que a gracinha quer.
Discou o número dela e aguardou. Logo se ouviu a voz doce da mesma atendendo:
- Oi William...
- Oooi gatinha, aconteceu alguma coisa?
- Na verdade não. Tudo bem por aí?
- Uhum, tudo... - ele disse. - E você e sua mãe, como estão?
- Estamos bem. Mas eu estou com saudades. Faz dias que não nos vemos.
- É, realmente. Os caras da banda me deixam muito ocupados. - riu.
- Imagino... você podia vir aqui, que tal?
- Cê tá sozinha? - ele mordeu os lábios e perguntou torcendo para a respostar ser sim.
- Na verdade não, mas minha mãe vai sair daqui a pouco. Podemos ver algum filme, ou coisa assim. Você topa?
- É claro, qualquer coisa ao seu lado tá bom. - tentava parecer o mais fofo possível.
Maite sorriu ao ouvir aquilo e sentiu seu coração pular de alegria.
- Awn, então, você vem?
- Chego aí já já amore. Beijos! - ele sorriu e desligou.
Por quanto tempo William iria conseguir ficar com essas duas, escondendo muito bem o jogo? Ele se julgava esperto, mas será que era? Talvez não né. Um dia, essa máscara de vidro ia cair e Maite ia ver quem ele era na realidade.
Quando ele chegou na casa de Maite, Helena já estava de saída e o cumprimentou.
- Oi querido. - sorriu abraçando-o.
- Oi Dona Helena, tudo bem?
- Tudo ótimo, estou indo trabalhar agora. Deixei um lanche para vocês, se sentirem fome. Fiquem a vontade, e oh... juízo.
- Juízo é o que eu tenho de sobra, Dona Helena. - William sorriu.
- Assim espero, viu? - ela entrou no carro e foi pro trabalho.
William bateu na porta e Maite logo atendeu. Sorrindo, feliz por vê-lo mais uma vez.
- Ooooi... - ele sorriu e ela o abraçou.
- Seu chato, me deixa dias sem notícias.
- Awn, desculpa... tava realmente muuuuito ocupado.
A tarde foi passando, e no começo da noite eles se encontravam juntos no sofá da sala tocando violão.
- Então, eu precisava muito te falar... uma coisa. - ele começou.
- Ah é, o que?
Ele passou a mão no rosto da morena e sorriu pra ela, que fechou os olhos ao sentir as carícias.
- Tô apaixonado, apaixonado por você...
As sobrancelhas de Maite se arquearam de um modo repentino. Era um susto, um sonho, uma alegria, um espanto ouvir isso dele. Agora, com essa prova de amor, ela tinha certeza. Certeza que ele estava realmente apaixonado por ela.
- Ma-mas William... eu... ain... você, jura? - gaguejava de tão nervosa.
- É verdade, Maite. Eu te amo, me sinto único quando estou contigo. - ele se sentia um estúpido idota ao pronunciar essas palavras.
Aos olhos de Maite, William também era único. Um homem único. Um ídolo único. As aparencias realmente enganam, e muito.
- Will... eu também sinto a mesma coisa. Só achei que você sentia uma simples amizade.
- Pensou errado, muito errado. - ele a beijou.
Pronto, mais uma iludida. William havia conseguido mais uma vez.
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Quando o Amor Fere
FanficSinopse: Maite é uma jovem alegre e extrovertida que luta dia após dia para realizar seu sonho: Ser uma cantora de rock. Uma de suas inspirações é William, de quem é fã. William é o vocalista da Banda Dope, uma banda Underground da mesma cidade de M...