Capítulo 11

583 53 2
                                    

Os dias iam passando e cada vez mais Maite notava-se mais apaixonada por William. Talvez fosse coisa de sua imaginação, ela pensava. Mas por outro lado, não poderia ser. A menos que todo aquele amor de fã houvesse aumentado, ficado mais forte. Porém, ela se conhecia muito bem. Sabia que naquele amor de fã, existia algo a mais. Quando estava com William, era como se o mundo lá fora não existisse. Como se apenas os dois vivessem num universo paralelo criado só pra duas alma gêmeas.

O que ela não sabia, era se ele sentia o mesmo. Ah, pobre menina. Não conhecia o William que existia por trás dos palcos. O destino se encarregaria de mostrar? Será? William era o tipo mulherengo quase asssumido. Não queria compromisso nem com Pauliana, imagina com outra. Será que ele já amou, ou amará alguém na vida? Que pergunta difícil...

- Mãe, precisamos ter aquela conversa. - Maite pediu, assim que chegou na cozinha.

- Conversa? Qual?

- Você sabe... não é a primeira vez que vamos conversar sobre algo tão delicado assim.

- Humm... - murmurou Helena, já imaginando sobre o que a filha se referia. - Coisas do coração, não é?

- Exatamente. Senta aí... - Maite ordenou e Helena a encarou séria, e ela perdeu a pose. - Er... por favor.

- Agora sim. - Helena se sentou na frente da filha. - O que está passando, filha? Qual é o seu problema?

- Meu problema, bom... acho que é o William.

- Problema? - perguntou desconfiada. - Mas vocês não são super amigos?

- Somos, esse é o problema.

- Ainda não entendi, oras...

- MÃE, acho que estou me apaixonando pelo meu ídolo.

Helena coçou o queixo, era um assunto delicado.

- Você tem certeza? - perguntou com ar de dúvida sobre o que acabara de ouvir.

- Eu não tenho certeza de nada, mãe... A única coisa que eu sei, é que estou sentindo algo muito mais forte, sempre quando estou com ele.

- Minha nossa... Mas bom, você sabe se ao menos ele corresponde a esse sentimento?

- Eu não sei o que se passa na cabeça dele, - tentava explicar. - Mas, ele faz parecer que sim.

- Não vá se adiantar, Maite. Espere que ele de uma prova que também te ama.

- Uhum, é... talvez. - suspirou concordando com a mãe.

Que dó, Maite mal sabia o que se passava do outro lado da cidade.

Trancados no quarto, Pauliana e William transavam enlouquecidamente, com uma paixão de tirar o folego.

Os três amigos ouviam gemidos por todo canto da casa, e ficavam meio sem jeito com tudo aquilo.

Notava-se que em matéria de silêncio e discrição, Pauliana era uma péssima aluna.

Então, séra que ainda havia chances de William se apaixonar por Maite?

Quando o Amor Fere Onde histórias criam vida. Descubra agora