Apenas Meu (REVISANDO)

Capítulo 3

Depois de limpar tudo, organizar e se livrar das caixas que estavam espalhadas, me troco para irmos almoçar. Quando estávamos saindo do prédio, o Roger surge.

- Olha olha, mal termina e já está com o tão sonhado homem.

- E lá vamos nós. – digo

- Respira e mantenha a calma, não caia no jogo dele. É o que ele quer.

- O babacão, em vez de ficar aí de piadinhas. Vamos subir e resolver logo isso. Ou você prefere resolver no ringue ? – pergunto não deixando de sorri com sua reação.

Ele acena e voltamos para o meu ape... e se bora

Ao chegarmos, Diego vai direto para a cozinha, Roger senta no sofá e não para de olhar ao redor.

- Belo lugar. – comenta

- Obrigada. – sento ao seu lado, ele me olha e sorri.

- Desculpa por mais cedo. – o encaro, como uma pessoa pode mudar de humor tão rápido assim ?!

- Tudo bem.

- Você e ele, em.

- Não temos nada, bro. – Diego fala da porta da cozinha, e nos encara sério.

- Aquela foto... 

- Só nos beijamos, um único beijo. – Diego o corta

- por que estou lhe dando satisfação ? você vem me traindo a anos com a Geovanna.

- Sobre isso, me perdoa ursinha. – enrugo o nariz, odeio esse apelido.

- A chama assim de novo, que corto seu pescoço. – Diego diz mais para si, que para Roger.

O olho e aceno para sair, tenho que fazer isso sozinha. Ele compreende e sai.

- Vejo que tem um protetor. – não consigo deixar de sorrir.

- Por que me traiu ? perdeu o interesse ? queria novidade ? – pergunto, sentindo meus nervos a florescer.

- Ela vinha se insinuando pra mim, aí no seu aniversário de 20 anos, quando fomos buscar seu bolo. Ela me agarrou no carro, tentei me esquivar, eu juro. Mas sei lá, depois deixei levar.

- Deixou rolar ? nossa, boa resposta. – ele pega minha mão e a beija.

- desculpa, me perdoa.

- não precisa pedir perdão, já te perdoei. – ele sorri

A um tempo atrás eu me derretia com esse sorriso, mas hoje nada mais acontece. Na verdade, faz anos que isso não ocorre mais. Me a costumei tanto com ele por perto que nem me liguei que deixei de sentir muitas coisas dessas que o mundo fala que sentimos quando estamos com o namorado, noivo ou marido, sei la.

Eu achava que era normal, tipo... caímos na rotina e tal. Mas agora o vendo na minha frente, vejo que o que tínhamos era apenas paixão de adolescente que passou. Ambos sabia, mas não queríamos assumir, afinal nos acostumamos ter um ao outro por perto. Mas agora chega.

- Você sabe que terminou né ? – pergunto

Ele me encara e acena... e lá vem aquela cara de cachorro abandonado que os homens fazem pra tentar mudar a opinião da mulher, mas adivinha só ? isso não funciona comigo :3

- Antes que você venha com essa cara de coitado e um discurso ridículo, já aviso que será em vão.

Me levanto e vou na cozinha pra pegar água, do de cara com o Diego encostado na mesa sorrindo. Pego a garrafinha de água que ele segura e retorno pra sala.

Roger me olha, olha, olha, e se dirige pra porta...

- Se você acha que ele vai estar sempre com você, está muito enganada. Ele é pior que eu, fomos criados juntos. Eu pelo menos tive um relacionamento duradouro, ele não. Como ele fala, mulher pra ele é pra fuder e tchau.

Diego surge atrás de mim, mas eu o paro.

- sai – digo entre dentes.

Roger sorri friamente... – você sabe melhor que eu ursinha, já o viu em ação. Já cansou de o pegar na cama, cada dia com uma mulher. Acha que com você, será diferente ? se enxerga ne, você se veste, fala e age que nem homem. Pra ele você é apenas uma buceta nova a qual quer experimentar e depois jogar fora.

- SAI. – grito

Não ouço mais nada, apenas meu coração palpitando rápido. Sinto as mãos do Diego na minha cintura. Ele me vira, o abraço e finalmente deixo minha barreira cair. Pela primeira vez, o deixo me ver chorar.

- ei, calma. – ele sussurra

Não consigo conter o choro, parece que vem tudo agora. Quero gritar, bater, mas meu corpo não me obedece, minha garganta esta apetada.

Ele foi direto na minha insegurança... meu estilo, meu jeito.

- Olha pra mim Serena. – Diego ergue meu rosto. Minha visão está um pouco embaçada, por conta das lagrimas.

- Não permite que as palavras dele te atinja... Por favor. – o abraço forte, ele me guia para o sofá. Senta e me coloca em seu colo e me deixa colocar tudo pra fora em forma de lágrimas.

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