Capítulo 27

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Diego


- Apenas Meu. – Serena sussurra com lágrimas nos olhos.

Se é o que ela quer, darei. Ela fica parada me olhando, logo que a ficha cai. Sua boca cobre a minha, me devorando como se não me beijasse a anos. Meu corpo se arrepia com seu toque.

- Di... – ela beija meu pescoço. – quer namorar comigo ? – para de me beijar.

Não sou de me emocionar, mas no momento não controlo minhas lágrimas.

- pensei que nunca fosse pedir. – sorrimos.

- te amo. – ela acaricia meu rosto, seu olhar não só me faz acreditar, como sentir esse amor que ela sente por mim.

- te amo mais. – ela arqueia uma sobrancelha rindo.

- isso é coisa de casal chato, para. – rio de seu comentário.

- gostosa. – num instalar, seu olhar muda. O que agora vejo é pura luxuria e pela mordidinha nos lábios, não estou errado. A noite sera longa.

- preciso experimentar pra dizer se é gostoso. – ela não espera minha resposta. Me beija, suas mãos trabalhando no zíper da minha calça.

Daí-me força Senhor.


                                                                 ***


- vamos logo. – Serena grita da sala. Acordamos cedo, mas acabamos transando no banheiro. E adivinha, estamos atrasados.

- pera. – colo meuRoger Dubuis (relógio) no pulso. Ela parece na porta, se encostando no batente sorrindo. Está linda, vestindo um shorts jeans com uma regata azul.

Se eu soubesse que o sexo a ajudaria a esquecer o ocorrido, teria expulsado os policias muito antes e feito. Seu olhar esta mais brilhante, seu sorriso então. Acordei com ela me fazendo um boquete, que eu nunca pensei que eu fosse ter. Ela conseguiu me ter em menos de 5 minutos, isso é raro.

Não sei se o problema é comigo, to fraco demais. Ou ela que me deixa louco demais.

Vai saber...

- já vi que o homem da relação, sou eu. – sorrio. Não posso nem discordar, as vezes ela se arruma de fato depois de mim e mesmo assim acaba primeiro.

- você me seduziu no banho. A culpa é sua estarmos atrasados. – não darei o braço a torcer, e ela sabe disso. Acena confirmando e sai.

- poderia ter falado não. - grita

- NUNCA - grito de volta.


                                                                        ***


- ei cara. – Paulo me cumprimenta assim que entro no quarto. Esta meio abatido e magro, mas com um sorriso sincero e largo no rosto.

- ei mano. – o abraço forte. Algumas lagrimas rolam elo meu rosto.

- pare, por favor. Tive que aguenta Andy e Lu chorando ontem o dia quase que todo. – ele da uns tapas fracos em minha costas.

Coisa de homens

- foi mal, tô pior que mulher. – me sento na poltrona ao lado da cama.

- cadê a furação ?

- ficou na recepção com a Lu... elas estão muito animadinhas.

Mal chegamos no hospital, Serena já foi atrás da Lu, nem se preocupou em vir vê o Paulo primeiro... me pediu pra vir na frente.

Tem alguma coisa rolando, mas fico feliz sem saber o que é. Afinal, a deixa feliz e comunicativa.

- percebi. – ele olha para as pernas, seu sorriso é substituído por uma careta.

- quando começa o tratamento ? – pergunto.

Não sei de como deve ser, e nem o tamanho da dor... mas por sua cara. É como se sentisse a metade de sua dor e isso entristece muito.

- o mais rápido possível. Se tenho a chance de voltar a andar... quero abraça-la com unhas e dentes.

- assim que se fala.

Balanço a cabeça, como se expulsasse os pensamentos negativos.

Ele vai sair dessa... sei que vai.

Apenas Meu (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora