Capítulo 6

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- onde você está ? – Diego pergunta do outro lado da linha.

- dentro do banheiro. – acho que exagerei na bebida, nada para no meu estomago.

Ouço sua risada... – ta virando costume te ligar quando você se encontra dentro de um.

Se não fosse essa maldita vontade de vomitar, eu ia ri disso.

- to bem não. – choramingo.

- ainda está no bar ? cadê o Paulo ?

- tá me esperando na porta e sim, estamos no... – deixo o celular cair e vomito no vaso. Sabia que aquelas doses de vodka e tequila ia me fuder, o a cena gora. Ajoelhada de frente a um vaso sanitário, quase colocando as tripas pra fora. Minha garganta está ardendo já. Pego o celular de voltar.

- quero ir embora. – ouço ele ligando o carro.

- to indo te buscar, me espera na porta.

- tá.

Encerro a chamada, quando to preste a levantar do chão, tenho ânsia de vomito de novo. Paro e respiro... passou. Me levanto devagar e vou pra pia lavar a boca.

Me olho no espelho, to horrível... misericórdia.

- mi amore ?

- to indo. – a passos de bebê, vou pra porta.

Paulo me olha preocupado... – era pra ter ti alimentado antes de beber.

- eu jantei antes de vir. – e realmente jante antes de vir, Di deixo comida pronta pra mim, e no caminho da academia pra casa comprei legumes e frango assado. Como sabia que ia beber, me precavi tento um jantar descente, mas não adiantou muito.

- ta fraquinha pra bebida então em. – me provoca

- ser forte o tempo todo, cansa.

- vamos embora, já deu por hoje. – ele me ajuda, passa um braço por minha cintura e me segura.

- Di está vindo, pediu pra esperar no lado de fora. – informo.

Saímos do bar, assim que coloco o pé na calçada começa a chover. Como já falei, sou azarenta pra cacete.

Retornamos para o bar... em menos de 30 minutos, Di aparece no bar todo encharcado.

- tu ta péssima. – me olha de cima a baixo e sorri.

- guarde seus comentários, não to bem. – ele me ajuda a ir para o carro correndo. Paulo se adianta e abre a porta do passageiro pra mim, me jogo no banco.

Eles se acomodam na frente, deito no banco e do nada tudo fica preto.

                                                                                             ***

Acordo com um cheiro forte horrível... – até que enfim bela adormecida. – Paulo diz.

- já chegamos em casa ? – pergunto me sentando na cama, minha cabeça dói.

Ele me passa um comprido e uma garrafa d'água. Tomo e o devolvo a garrafinha.

- sim. – olho pra janela e vejo que ainda está escuro. Pelos meus cálculos já era pra já esta claro. Saímos do bar já era 5 horas da manhã.

- ta escuro. – comento

- já são 19 horas, mi amore. Você dormiu o dia todo, estava ficando preocupado.

O olho assustada, nunca dormi tanto assim... literalmente coloquei o sono em dia, pelo visto.

- vou pegar algo pra você comer. – ele se retira do quarto. Olho pra mim e vejo que estou só de calcinha e sutiã.

Safados!

Tento me levanta, mas a pressão na cabeça aumenta. Choramingo e deito de volta. Odeio ficar assim.

- hum, a donzela decidiu dar o ar da graça. – Diego aparece na porta segurando uma xícara de café. Sinto o aroma de longe.

- me dá. – estendo a mão lhe indicando a xícara.

- vá pegar o seu, esse é meu. – senta na ponta da cama.

- chato. – resmungo

- me ame menos. – me passa o café.

- impossível. – ao beber, gemo de felicidade. Como sempre, uma delícia.

- serio que você acabou de gemer ? – pergunta incrédulo. Afirmo com a cabeça.

- doida. – se levanta e sai.

Bebo o café todo, quando coloco a xícara na mesinha ao lado da cama, Paulo retorna com uma bandeja cheia de coisas. Não me lembro de ter a maioria aqui.

- Diego foi no mercado e abasteceu seus armários. E eu fiz a comida. – me responde, como se tivesse ouvido o que pensei.

Me sento na cama e meto pra dentro tudo, sou magrinha, mas como de tudo.

Tenho 1,75 de altura, peso 57 kg a 7 anos, não saio desse peso. Posso passar o dia num rodízio, saio e volto a treinar e acrescento mais nas refeições, meu peso não muda. Não engordo de ruim.

Quando acabo de comer, percebo que a dor diminuiu. Então aproveito e vou tomar banho, os garotos ficaram na sala vendo jogo.

Agora, cheirosa e bem alimentada, retorno para minha cama, que por incrível que pareça, estou com sono.

Paulo entra no quarto na hora que apago a luz.

- vai voltar a dormi ? – me encara espantado

- sim. – bocejo

- hum, ta ne... antes de voltar pro mundo dos sonhos preciso da resposta. – tinha até esquecido.

É tentadora, mas a parte em dormi com um desconhecido não me agrada. Tantas doenças transmissível aí. Sei que meu amigo não ia me meter numa furada, mas não confio.

- eu mesmo vou escolher a pessoa, de minha confiança. – acrescenta.

- ta bom, ta bom. Eu aceito. – sei que ele não vai me deixar em paz e que mesmo negando, assumo que estou ansiosa, curiosa e preocupada em passar a noite com outra pessoa.

- pensei que ia ter que precisar te chantagear. – brinca.

- me deixa dormi, vai. – jogo o travesseiro nele. Ele me devolve e sai rindo.

Me aconchego na cama... apago.

Apenas Meu (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora