Capítulo 25 - Diego

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Diego


- da pra entrarem e tirar minha mulher de lá ? – grito com o policial que me segura distante da porta do apartamento da Serena.

Por que a deixei entrar lá sozinha ?

- senhor, calma. – o policial pede.

- minha mulher esta lá dentro com um maluco, que atirou num amigo nosso o deixando paraplégico. Como tu me quer calmo ? – grito... ele me olha como se pedisse desculpas.

- não posso deixar o senhor ir para lá.

- SERENA – grito... não sei porque, mas quero que ela lembre-se que estou aqui, não faça nenhuma besteira.

- DI – ela grita e o barulho de tiro toma conta do lugar.

1, 2, 3...

- SERENA. – me esquivo do policial, corro pra minha garota.

- não não não. – alguns policiais tentam me segurar, mas não me deixo ser segurado.

- SERENA. – abro a porta com força, minha garota ta no chão chorando e Roger a sua frente com os olhos abertos a olhando, sangue sai de seu peito. Entre os dois, tem uma arma.

- Di... – ela corre pros meus braços, a aperto, inspiro seu perfume. Nossos corações batem no mesmo ritmo acelerado.

- tô aqui, calma. – ela soluça. Acabo chorando de alívio com ela. – calma.

- ele tentou me matar... eu... eu só fiz o que achei que deveria... ele ia matar você, Paulo e a Lu depois... eu não poderia deixa. Não. – me ajoelho com elas no meu colo.

- passou, acabou... calma. – os policiais entram, o delegado me olha e acena pra que a leve pro quarto.

- vem, vamos pro seu quarto. – ela concorda, me abraça forte, escondendo seu rosto em meu peito.


                                                                                  ***


- ela ficara bem, não se preocupem com nada, ela não respondera por nada. Sabemos que foi em legitima defesa. Roger tinha problemas psicológicos, não poderia ter saído, mas nossa justiça não é como deveria. – o delegado me explica o que devo fazer.

- acabou. – Andy aperta meu ombro e se vira, indo para o quarto da Serena.

- acho melhor a tirar daqui, ela precisa se afastar. – delegado me aconselha. É o que farei, mas não agora.

- obrigado. – aperto sua mão e o levo a porta.

- qualquer coisa só me ligar. – aceno confirmando.

- ei, cara. – Rick entra antes de fechar a porta.

- fala ae. – ele me abraça, mas não como de costume. Ele definitivamente me abraça.

Me peito dói, quero aliviar essa dor, mas não agora. Serena precisa de mim.

- você não pode guardar pra sempre. – bate nas minhas costas.

- eu sei, eu sei. – nos servirmos de cerveja e nos acomodamos no sofá conversando.

Não sei o que rolou aqui, quando os policiais não chegaram. Serena chorou por horas, deu o depoimento aos prantos, só se acalmou agora depois do remédio pra dormir que a dei. Planejo mudar tudo nessa sala, desde do porta retrato a televisão. Não quero que ela lembre do que rolou aqui.

- Paulo acordou. – minha respiração falha com a notícia. – esta bem... muito bem na verdade, já quer sair do hospital e tudo.

Sorrio, esse é meu amigo. Mas logo me toco da realidade.

- como ele reagiu sobre as pernas ? – Rick coloca a bebida na mesinha a frente do sofá,

- nada bem, Lu passou horas conversando com ele. Ela andou pesquisando e descobriu que tem cura, ele pode voltar a anda e vai o ajudar nisso.

Ela ta se saindo melhor do que eu esperava. Em meio a tanta dor, existe a parte boa. Estamos vivos.

- Diego, ela acordo e quer te ver. – Andy me chama no corredor.

- já vou. – bebo um gole longo da cerveja e deixo perto da do Rick. – você vai voltar pro hospital ?

- sim, Lu pediu pra pegar umas roupas pro Paulo.

- não comente disso que rolou aqui. – ele confirma com a cabeça;

- Diego. – Andy me chama de novo.

- dá um beijo nela por mim, Andy vai comigo. Passaremos a noite no hospital de novo. – me disperso dele e vou vê minha garota.

Apenas Meu (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora