Capítulo 24

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Serena


Me chama de louca, mas pouco me importa. Se ele quer acabar com minha vida, que acabe. Mas deixe meus amigos em paz.

Algo me dizia que isso ia acontecer, se for pra ser... será.

Me afasto aos poucos do Di... acho que nunca senti tamanha dor como agora. Não sei se vou sair viva, machucada ou morta. Mas isso não é o motivo da dor. Sim, em pensar que corro o risco de não vê mais meu admirador, meu homem.

- te amo. – digo e corro para o meu apartamento.


                                                  ***


- pensei que ia ter que te ligar. – Roger esta sentado no sofá com uma arma no colo. Aparentemente está tranquilo.

- o que você quer ?

Ele acena para o espaço ao seu lado, nego com a cabeça. Não quero me sentar a seu lado.

- senta Serena. – manda.

Me sento o máximos possível longe dele... ele me olha de cima em baixo. Maldito dia que coloquei vestido curto.

- belas pernas.

- por que esta fazendo isso ? por que não me deixa em paz ? você me traiu, descobri, terminamos e fim. Para de me perturbar Roger. Desencana. – sua tranquilidade é substituída por ódio. Seu olhar chega a me assustar.

- porque estou fazendo isso ? pelo simples fato que meu melhor amigo pegou minha garota. Você nunca gostou de mim, ficou comigo pra tá perto dele. Não aceito ser trocado assim não, na minha cara Serena. Vocês me fizeram de otario e vão pagar por isso.

- te fizemos de otário ? você estava me traindo, ele sabia e não falou nada comigo. E nem deu em cima de mim, eu que o beijei na social. Se você quer culpar alguém, culpe a mim. – ele se aproxima de mim com a arma apontada pra mim.

Meus Deus

- vagabunda, isso é o que você é.

- vagabunda que você faz questão de querer. – me esforço para que nenhuma lagrima desça. Não vou chorar na frente dele.

- você era meu tudo. – ele passa as mãos pelos meus cabelos e pela primeira vez, me da nojo em ser tocada por ele. – você era tão bobinha, tão inocente. Gostava de você daquele jeito.

No momento que ia responder, ele me da um tapa estalado no meu rosto... chega a formigar minhas bochechas.

- vadia. – ele se levanta, ficando de frente a mim. – você é a culpada por tudo sim. Mas seus amiguinhos também são e todos vão pagar por me fazerem de burro.

Não sei muito sobre loucuras, mas tenho certeza que Roger esta tendo um surdo. Seu olho esquerdo está tremendo.

- Paulo e Lu não tem culpa de nada.

- eles a levaram pra passar uma semana com o Diego. Você acha que não sei ? mal tínhamos terminados e você já saiu pra barzinho, depois viagem.

Ele puxa uma cadeira e coloca na minha frente se sentando.

- vamos ser sinceros... você o queria.

- sim, sempre o quis. É isso que você quer ouvir ? eu sempre quis o Diego, passei uma semana fora com ele e foram as melhores noites da minha vida. – se ele pudesse me matar pelo o olhar, eu já estaria mortinha.

Posso esta sendo a louca, mas não vou me calar mais. Ele quer ouvir, então ouvira.

- e te falo mais, o pau dele me faz gozar. Não cocegas como o seu. Não preciso me tocar pra ter o meu momento, ele me faz ter o meu momento sozinho.

- cala a boca.

- não, agora me escuta... ao contrario de você, ele se importa comigo na cama. Dorme agarrado comigo e tudo. É meu amigo fora e na cama, não pensa só em me comer e fim. Não, Diego faz amor comigo... – mais um tapa.

Quero gritar, chorar, ... a raiva que to sentindo no peito, parece que vai me sufocar.

- por favor Roger, para. – meu peito dói. Respiro e inspiro, mas parece que só aumenta o aperto.

- vou parar quando você e aqueles ratos tiverem a sete palmos da terra. Não merecem viver... não merecem... não ... – ele não pisca.

- ROGER, AQUI É A POLÍCIA. SAI COM AS MÃOS NA CABEÇA. – um policia grita.

Serio isso ? não poderiam fazer como nos filmes ? derrubar a porta e tal.

- você os chamou ? – ele me pega, me fazendo de escudo. Como já imaginamos que faria. – acho bom não fazer nenhuma gracinha.

- foda-se. – grito com a puxada do cabelo.

- como sempre sendo durona por fora. Vamos vê até onde vai essa frieza toda. – ele me conduz pra porta.

Seja o que ele for fazer, meu pressentimento me diz que não é nada bom.

Pai, protege meus amigos, por favor.

Di, eu te amo.

Apenas Meu (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora