Capítulo 38

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Diego


Depois de algumas fotos, viemos pro hotel. Rute separou a sala de leitura para viemos e ficar a vontade. Assim que chegamos, Serena saiu do meu lado. Falou que ia no banheiro Rute a acompanhou.

Mulheres, precisam fofocar.

Fico conversando com os caras e bebendo, Paulo amou o lugar de tal forma que falou que pretende voltar com a Lu quando ficar bom para aproveitar mais.

Fico feliz em o vê assim, o enfermeiro que a academia disponibilizou apareceu quando chegamos, o examinou olhando e fazendo umas perguntas, o deu algum remédio e sumiu.

Serena retorna rindo com a Rute, ambas com um sorriso largo. Peço licença dos rapazes e vou até ela. Rute se afasta quando me vê.

- demorou. – a beijo na testa.

- saudades ?

- muita. – ela envolve os braços em volta do meu pescoço, e joga a cabeça para tras rindo.

- dramático.

- um pouco. – Rute liga o som, e Só Pro Meu Prazer do Leoni, começa a rocar. – nossa música.

- nossa música ? – arqueia uma sobrancelha me olhando.

- estava tocando essa música quando nos beijamos na social.

- sério ? não me lembro. – seu olhar fica na minha boca. – estava ocupada demais saboreando esses lábios.

- ah garota. – a beijo, mas me afasto logo, a fazendo resmungar. – dança comigo.

- sim. – ela se solta de mim, vamos para o meu da sala e começamos a dançar em sincronia com a música.

Cantarolo em seu ouvido a letra.

- Noite e dia se completam, no nosso amor e ódio eterno. Eu te imagino, eu te conserto, eu faço a cena que eu quiser. – alguém tira foto nossa, o flash nos assustando um pouco. - Eu tiro a roupa pra você, minha maior ficção de amor, Eu te recriei, só pro meu prazer.

- Eu quero você como eu quero, só pro meu prazer. – ela sussurra.

- vamos pro quarto ? – cochicho em seu ouvido.

- pensei que nunca fosse perguntar. – ela acena pras meninas, se despedindo e me puxa pra fora da sala. O caminho até o quarto demora mais que o normal, a cada passo ela me encosta na parede, me agarrando, me beijando.

Ela abre a porta em tempo recorde, quando entro... paro.

Tem pétalas de rosas vermelhas em todo lugar, no chão e na cama. Em alguns pontos, pequenas velas fazendo ficar um clima mais suave e romântico.

No meio do quarto, tem uma mesinha de rodas que levam comida aos quartos. Os pratos estão tampados com enormes tampas redondas de alumínio.

- Serena. – vou ate a mesinha.

- é simples, porém feito de coração. – ela para a uns metros de mim. – senta –se, antes de tudo, temos que conversar algo serio.

- o que ? vai pedir o divórcio ? já ? – sento na poltrona. Sei que ela não fara isso, mas brinco para não chorar mais.

- ha ha ha, engraçadinho. – ela se senta na outra poltrona, de frente a mim. – fiz um exame medico a uns dias, peguei o resultado no dia que você viajou sem me avisar.

- exame ? você esta doente ? – quando me inclino para levantar, ela estica a mão.

- não, estou bem. Calma, deixa-me falar. – ela respira fundo duas vezes. – nossa vida agora sera muito diferente, não por termos se casado. Quer dizer, também por isso... mas mudará mais por conta desse resultado.

Meu coração esta que nem escola de samba, passa mil e umas coisas por minha cabeça. Quero falar, que desembuche logo, mas ela pediu para a deixa-la.

- destampe seu prato. – arqueio uma sobrancelha. – destampe, anda.

Faço como me pedi, e sou surpreendido com um par de sapatinho azul de bebê e ao lado escrito "parabéns papai".

- os últimos dias antes de vir pra cá, eu estava distante por causa disso. E justo no dia que você viajou, eu peguei o resultado... quando a Lu falou que estava grávida, me recordei da nossa noite, não usamos camisinha em nenhum momento. Conversei com ela e minhas suspeitas foram confirmadas. – ela me encarra, esperando minha reação.

Mas eu não sei o que faço, quero gritar, chorar, a beijar, beijar sua barriga. Sendo que meu corpo não se mexe, não obedece meu comando.

Um soluço escapa de minha garganta, mais lágrimas rolam.

EU SEREI PAI

Apenas Meu (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora