Capítulo 14

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- como eles estão ? – pergunto assim que entro na sala de visita do hospital.

Minha tia e Rick estão sentados juntos no canto, Lu corre em minha direção chorando.

Mal sinal...

- Paulo está no quarto dormindo. Di está na cirurgia. – a aperto.

Minha tia me olha e sorri, sorrio de volta.

- Paulo pode receber visita ? – pergunto.

- sim, estávamos com ele. Mas saímos pra que ele pudesse descansar. – Rick me responde.

- ele quer falar com você. – Lu informa

- imaginei, me leva até lá ? – na hora que ela ia me responder, minha tia se levanta e a puxa.

- o Rick te acompanha, eu e ela vamos ver se arrumamos café pra gente.

Confirmo, Rick me guia até o quarto do meu amigo. Quando entro, ele esta acordado olhando pro teto, quando me vê sorri fraco, não perco tempo. Corro para o abraçar.

- ei, calma. Estou bem. – ele sussurra alisando minhas costas, não consigo conter minhas lagrimas. Não queria que ele estivesse ali por causa de mim.

- por que ele esta fazendo isso ? – o ver ali, o Diego na cirurgia. Tudo por causa do meu ex, por minha causa, dói. Meu peito dói.

- ele quer te atingir, não deixa isso acontecer, okay ? tem noticias do Diego ? – me recomponho, enxugando as lagrimas.

- cheguei agora da delegacia, não sei de nada. Pelo visto, não acabou. Eu não quero que ele morra. – Rick me abraça, soluço em seu peito, não sei o que estou sentindo. Raiva, dor, angustia, medo, ...

- ele vai sair dessa, calma. – aperto ele, deixando minha angustia sair em cada lagrima.

- Serena, vem cá. Deita aqui comigo. – Paulo da um batidinha ao seu lado na cama, deito e o abraço.

- pensamento positivo. Ele vai sair dessa, acredita. – minha tia entra na sala carregando uma bandeja com quatro copos de café.

- Lu foi atrás de informação do Diego. Trouxe café.


                             ***


- Vocês são parentes do senhor Diego Correia ? – a enfermeira pergunta da porta.

- somos amigos dele. – Lu se levanta do banco e vai até ela. Continuo sentada, minha tia não me solta. Aperta fraco meu braço, mostrando que está ali comigo.

- como ele está ? – pergunto. Ela sorri fraco e olha cada um de nós.

- ocorreu tudo bem, a bala não atingiu nenhum órgão. Ele está no quarto ao lado do seu Paulo Ferreira que chegou junto com ele. Tentamos o máximo o acalmar, mas toda vez que ele acorda chama por Serena. Como não queremos mais o dopar, gostaria de saber quem é e que me acompanhe para o vê-lo. – todos me olham, eu não consigo me mexer. Meu corpo estar anestesiado, o filho da mãe esta bem.

- filha ? – minha tia alisa meu braço, aceno e vou com a enfermeira.

Parece que meu mundo esta caindo, que nunca vou chegar a ele. Quando a enfermeira abre a porta e eu entro.

- pensei que fosse necessário colocar fogo nesse lugar pra conseguir te ver. – corro pra cama o abraçando.

- não faz mais isso comigo não, por favor. Meu coração não aguenta.

Apenas Meu (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora