Capítulo 46

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Diego


4 meses depois

- a luta é quando ? – Paulo pergunta pelo telefone.

- daqui uns dias, estamos esperando o galpão ser desocupado.

- hum... e como tem fugido da fera ?

- Andy tem ficado com ela, dei a desculpa que peguei mais turmas.

- esperto. – ri do outro lado.

- como esta vocês ai ? o tratamento, o bebê.

- bem, pelos meus cálculos daqui uns dias ele da o ar da graça, mal vejo a hora. O tratamento esta caminhando, tenho dado umas melhoras aqui e ali.

- fico feliz em saber... melhore 100% logo, sinto sua falta nos treinos.

- para de viadagem, não tem nem uma semana que estive ai te dando umas dicas.

- você me entendeu.

- sim, entendi.

Ficamos em silêncio por um tempo, ficamos 1 mês sem nos falar, ele teve um surto com a Lu.

Falando que nunca mais voltaria para fazer o tratamento, pois nada adiantava. Eu sabia que estavam se estranhando, ate porque seria normal, mas não imaginava a esse ponto... afinal, ela esta gravida.

- minha barriguda chegou... nos falamos depois.

- eu ouvi isso Paulo, é sua culpa de eu estar assim imbecil. – ela grita de longe.

- chegou super calma também, boa sorte. – não sei o que ela fez, mas depois de uns dias lá em casa com a Serena, ela voltou pra casa e conversou com ele e se acertaram. Não duvido nada se ameaçou o castrar.

- vou precisar, quando decidirem a data me fala e bom treino.

- ok, obrigado. – encerro a ligação.

Estou a 4 meses treinando para a tal luta que o Douglas Vasconcelos propôs, Serena desconfiou no início, mas depois deixou de lado.

Se ela descobre, me mata com as próprias mãos.

Contarei quando vencer, estou treinando que nem um louco pra isso.






Serena

1 mês depois

- cadê o Diego ? – grito entre as contrações.

- esta vindo minha filha. – Andy tenta me tranquilizar.

- você falou isso desde de casa... aiiiiiii. – grito com outra contração, não esperava tamanha dor. Se soubesse marcaria a cesariana mesmo.

- respira e empurra. – a enfermeira pede.

- empurra o caralho, quero o ... – mais uma contração. Parece que vou morrer. Estou com medo e o Diego não esta aqui, isso me apavora mais ainda.

- Serena. – ele entra na sala correndo. – estou aqui, amor.

- onde você estava ? – choramingo aliviada. Ele toma o lugar da minha tia ao meu lado. Estou um caos, suada e com o cabelo todo bagunçado se não duvido. Devo estar em trabalho de parto a 2 horas.

- depois falamos disso... agora me faz o favor de colocar nossa filha pra fora logo.

No momento que ia gritar para falar, outra contração me pega.

- respira e empurra. – a enfermeira e a medica pedem.

Entre gritos e pedidos como este, Priscila nasce aos berros. E a dor é esquecida quando a ouço. É como se tudo tivesse sido um pesadelo que passou rapidamente... a vê nos braços da enfermeira me faz querer a ter em meus braços logo também.

Tão pequena e delicada.

Di acompanha a enfermeira a limpar e a enrolar no manto.

- meus parabéns. – ela entrega nosso pacotinho de amor nos braços dele.

- é linda, obrigado. – ele retorna para meu lado com ela. – seu nariz.

Ele a coloca em meu peito, por dentro da minha camisola.

- sua boca. – comento, ela sorri e se aconchega mais a mim.

- Priscila. – a beijo na cabeça, ela se remexe e abre os olhinhos devagar, revelando um tom acinzentado raro, como o da minha mãe.

Começo a chorar de soluçar, ela não se assusta, como se entendesse o porque estou assim, seu sorriso inocente é a coisa mais linda.

Di nos observa sorrindo.

- mamãe chorona. – provoca.

- papai babão.

Ele me beija nos lábios e se afasta um pouco para me olhar nos olhos.

- minhas meninas.

- nosso homem.

Seu sorriso cafajeste aparece... seu bem o porque.

- apenas de vocês.

- e apenas meu na cama. – sussurro.

- todinho. – me beija mais uma vez, e logo beija nossa filha.

Minha família

Meus 

Apenas meus

Apenas Meu (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora