Ali on:
Acordei com um barulho de porta batendo, mas ignorei e continuei com a cara afundada no travesseiro. Mal abri os olhos e já to com dor de cabeça.Bom dia, ressaca.
Segundos depois, escutei gritos. Pude jurar que senti a minha cabeça quase explodir. Sem nem um pouco de exagero. Eu não devia ter usado tanta porcaria ontem. Puta que pariu. Quando eles pararam de gritar, começaram a escutar música. Acho que já deu pra ver que eu não vou voltar a dormir, e também não vou ficar aqui, porque senão minha cabeça vai explodir. Me sentei bem devagar e coloquei a mão embaixo da cama procurando o vestido. Quando o achei, vi uma BELA mancha preta nele. Mas que porra..? Da onde saiu essa mancha, mano? Eu lembro de um queimado RAZOAVELMENTE grande. Não de ter jogado a saia do vestido numa fogueira de São João e tirado pra vestir de novo. Foda-se. Vesti e levantei lentamente, pra garantir que eu não ia gorfar tudo que eu tinha bebido ontem. Desci e fui em direção à cozinha. Quando eu tava quase na "porta" da cozinha escutei uma conversa que, se eu não tivesse nesse estado, eu riria.
Iam: DESSA VEZ FOI, PAAI? -gritou rindo.
Léo: Nem. -respondeu rindo. Automaticamente eu revirei os olhos ao entender a conversa.
Igor: Tu é minha decepção, tá loco, mano. -consegui ver ele negando com a cabeça.- Velho, é só tu olhar pra Alícia e olhar pra tu. Não é possível que ela ainda teja regulando. Não. É. Possível. -falou pausadamente.- Se ela não tá regulando, tu é viado. Só pode. Tem que ser isso.
Math: Mano, é minha irmã. -disse em tom de súplica.Respirei fundo.
Ali: Ééé! Sou eu. -falei me sentando do lado do Léo nas banquetas.
Os guris que tavam rindo até eu chegar ficaram com uma puta cara de assustado. Já as gurias, que tavam no sofá, assistiram a cena por alguns segundos e começaram a rir junto comigo.
Ali: Se vocês quiserem continuar o assunto aí, podem seguir. Eu não me importo. -dei de ombros rindo.- Mas eu preciso de um remédio pra dor de cabeça. -falei apoiando a cabeça nas mãos.
Iam: Que remédio, o que?! Ressaca se cura com cerveja. -falou abrindo a geladeira.
Ali: Ressaca de álcool se cura com cerveja, né fío? Ressaca de ante-depressivo é com Neosaldina mesmo. -disse me levantando.
Mel: Que isso no teu vestido? -perguntou puxando o pedaço queimado.Melsinha puxou com tanta força que o pedaço queimado rasgou. Sim. Rasgou. Aquela merda devia tá podre, né?! Puta que o pariu.
Ali: Era -falei olhando para o pedaço de tecido queimado na mão da Mel.- o queimado que o cigarro da vadia lá... Como é o nome? Ra.. Ra.. Raidara? Raíara!
Léo: Raissa. -me interrompeu, me corrigindo.Já odeio que me corrijam. Aí ele me interrompe pra corrigir o nome daquela puta?!
Ali: Isso. -olhei para ele sorrindo falsamente.- Isso era o queimado que o cigarro da Raissa fez no meu vestido. -falei para Mel, com uma falsa calma.
Math: Alícia, tu tá pelada. -falou sério.
Ali: Não, eu to de vestido. -retruquei segurando o riso.Realmente. Tinha rasgado um belo pedaço do vestido, mas é engraçado irritar o Math nesses assuntos. Eu e o Matheus ficamos nos encarando enquanto eu segurava o riso. E parece que enquanto o Leonardo tirava a camisa, também.
Léo: Toma. -falou me entregando a camisa.
Vesti ela por cima do vestido, e de novo, ela foi até o meu joelho. Eu acho que é a única camisa que vai até o meu joelho, porque eu sou "meio" alta. Depois de vestir a camisa, tirei o vestido por debaixo dela e joguei numa lata de lixo que ficava do lado do sofá.
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A Bela E A Fera No Internato
Teen Fiction"Nem sempre a primeira impressão fica. Nesse caso, elas mudam bastante" É possível que dois marrentos se amem? Acho que não... Já dizia meu avô: "dois bicudos não se beijam.", ou será que se beijam?