Capítulo 12

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Assim que saio do quarto de Regina, procuro por Tinker, para saber o que ela tinha conversado sobre o acontecido, com Regina.

Ao sair do corredor do acesso aos quartos, vejo-a vindo da recepção com Robin.

Assim que o vejo, meu estômago da um embrulho só de lembrar que eu presenciei um beijo entre os dois.

Queria ter entrando cinco segundos depois.

Tentando parecer o mais normal com a presença dele, aproximo-me dos dois e chamo Tinker em um canto mais reservado.

— O que você falou para a Regina? — Fui direta. Ela franziu o cenho. Talvez não tenha entendido. — Sobre o que aconteceu... — Expliquei.

— Ah... Eu falei tudo... — Deu de ombros. — Como eu tinha dito que falaria.

— Tudo o que? Quero detalhes... — Meu tom acabou saindo irritado. Mas não era a minha intenção. Odeio meias palavras. Eu até sou uma boa entendedora, mas não gosto disso.

— Eu disse que... — Respirou fundo. — Desde o acontecido, você ficou aqui... — Fez uma pausa e sua expressão era pensativa. — Disse que perdeu aula por isso... — Disse que depois de uns dias, pensamos em desligar tudo... — Fez uma careta. Ela sabia que eu não havia concordado com essa parte.

— E o que ela fez nessa hora? — Indaguei interrompendo-a. Estava curiosa quanto a sua reação, e apreensiva também. Eu não queria que Regina soubesse disso. Se fosse para ela ficar sabendo, que fosse depois que tudo isso passasse.

— Que hora, Emma? — Revirei os olhos. Sério que ela não tinha entendido? Minha professora já foi mais esperta.

— Quando você disse que pensaram em desligar tudo. — Expliquei, demonstrando total minha impaciência. Estava na cara o que eu estava querendo saber. Lerda. Vontade de perguntar em qual faculdade ela se formou.

— Ela fez uma expressão de decepção e ficou triste.

— E o que mais? — Eu já não aguentava mais, as "meias respostas" que ela estava dando. Não custava nada, responder logo tudo de uma vez.

— Perguntou por que isso não aconteceu, e eu disse que tinha sido por sua causa. — Seu tom estava impaciente.

— E o que mais?

— Não tem mais Emma. — Sussurrou um "Jesus", e suspirou. Deu passos para longe de mim, provavelmente achando que eu já havia terminado, mas eu a puxei de volta. — Argh! — Balançou a cabeça negativamente. — Quando eu disse que tinha sido você, ela abriu um sorriso, e nessa hora você chegou ao quarto e deve ter escutado o resto. — Encarou-me e respirou fundo. — Por que todo esse interrogatório?

— É só que... — Ela arqueou a sobrancelha, incentivando-me a continuar. — Eu gosto de saber de todos os detalhes. — Expliquei por fim. O que não era mentira. — Eu só não queria que ela soubesse dessas coisas, mas você insistiu em falar, então eu quis saber, como falou.

— Certo... E eu já estou livre desse interrogatório? — Perguntou humorada.

— Sim, já está, pode ir... — Dei um sorriso torto para ela.

— Você não vai para casa? — Passou a mão em meus cabelos, colocando-os para trás de minhas orelhas. — Afinal, a Gina já acordou...

— Só sairei daqui quando ela sair também. — Meu tom era decidido. Eu não iria para casa e a deixaria aqui, nesse lugar horrível, de jeito nenhum.

— Você gosta muito dela, não é? — Indagou sorrindo.

— Muito... — Sorri. Talvez eu não estivesse mais só gostando.

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