Capítulo 16

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Após a minha entrada repentina no cômodo, percebi que Regina se assustou, pois soltou um gritinho, e pela expressão, acredito que de dor.

Preocupada, aproximo-me rapidamente da morena.

— O que aconteceu, Gina? — Sento-me na cama.

— Não é nada... — Responde-me fazendo uma careta. Indicando-me com essa expressão, o contrário. — Foi apenas uma dorzinha que senti. — Dá um sorrisinho.

— Foi por causa da forma como eu entrei aqui, não foi? — Indago em tom culpado. — Desculpe-me, eu não deveria ter entrado assim... — Abaixo a cabeça, sentindo-me ainda mais culpada. Como se já não bastasse ser minha culpa, ela estar dessa forma agora, ainda serei culpada pela sua demora na recuperação, quando fui chamada aqui, justamente para ajudar.

— Ei... — Toca em meu queixo, levantando-o e me fazendo encarar seu olhar. — Não precisa ficar assim... — Seu tom era gentil. — Sei que não foi proposital... — Sorri. — Já passou... — Concluiu fazendo um carinho em minha bochecha. — Não se preocupe... — Assinto com a cabeça e me levanto da cama, já estendendo minha mão em sua direção.

— Vamos tomar banho? — Indaguei em tom hesitante e ainda envergonhado, mas não mais pelo ocorrido, e sim pela possibilidade de vê-la sem roupas.

Regina assentiu com a cabeça e tirou as cobertas de cima de seu corpo.

— No banheiro tem uma cadeira para auxiliar. — Avisou, deixando- me confusa. Eu estava um pouco lerda, por causa da ideia de vê-la nua. Ao notar minha expressão, Regina da um sorrisinho. — Você me coloca nela, me ajuda a tirar a roupa e me ajuda a entrar na banheira. — Explicou e eu balancei a cabeça, confirmando que havia entendido.

Então eu realmente darei banho nela? Banho mesmo, do tipo, passar o sabonete pelo corpo, enxaguar e tal?

Senti meu rosto esquentar, e infelizmente Regina estava olhando em minha direção, e o quarto não estava escuro.

— Está com vergonha de me ajudar? — Sinto-me ainda mais quente. — Não precisa ter... Tudo o que eu tenho... — Passou a mão no próprio corpo. — Você também tem... — Apontou para o meu corpo. — Talvez até mais... — Acrescentou baixinho, encarando algum ponto abaixo de meu rosto, e acima da minha barriga, provavelmente meus seios, deixando-me ainda mais constrangida com o momento, e curiosa com o comentário, seguido de seu olhar.

— Está pronta? — Indaguei, como se nada tivesse ouvido. Ela fez que sim com a cabeça e fez um esforço para se afastar da cama, e assim eu poder levanta-la com mais facilidade.

Com extrema cautela, passei um braço por suas costas, procurando ficar o mais longe possível de sua cirurgia, - como o ferimento foi na lombar, a região da costela ficou livre para que eu pudesse segurar e ter apoio, - e a puxei para a beirada da cama. Respirei fundo, reunindo forças, e fiz um impulso para cima, levantando-a.

Assim que ficou em pé, Regina passou seu braço por meu pescoço e o agarrou com força. Quando começamos a nos movimentar devagar, percebi que suas pernas estavam um pouco fracas e ela não conseguia manter-se firme em pé. Para ajuda-la, abracei seu corpo e a segurei firme contra mim. Regina se agarrou mais ao meu pescoço, e deitou sua cabeça em meu ombro. Fiz um esforço maior, impulsionando-a para cima, para que seus pés não ficassem no chão enquanto a carrego, e ela, para me ajudar, levantou-os um pouco, facilitando a locomoção.

De repente, começo a sentir sua respiração pesada batendo em meu pescoço, tirando toda a minha concentração do momento. Para piorar a situação, Regina não é nada leve. - Mas também, com uma bunda daquele tamanho, tem que ser pesada mesmo. - Meu coração começa a bater acelerado em meu peito, e eu torço para que ela não sinta ou escute as batidas.

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