Capítulo 17

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Desperto algumas horas depois, toda dolorida por causa do jeito em que dormi, e por causa do local. A poltrona é até confortável. Na verdade, é muito confortável. Adoraria ter uma em casa, porém eu passei tanto tempo na mesma posição que ela acabou por se tornar desconfortável.

Espreguiço-me e abro os olhos, notando o quão escuro está o quarto. Levanto-me da poltrona, e sorrateiramente ando até a porta, com o apoio das mãos, passando por todo o local para saber o que tem pela frente.

Finalmente saio do quarto e vejo que já amanheceu, pois está tudo muito claro pelo resto da casa. Vou para a cozinha e quando olho para o relógio que tem na parede, observo que já passa das oito horas.

De repente, uma curiosidade sobre a iluminação, no caso, a falta dela, no quarto da Regina, me acometeu. Será que é por que quando eles estão juntos, preferem assim? Se for, deve sair tudo errado então, coisas sendo enfiadas em lugares onde não deveriam ser enfiadas, e outras coisas a mais. Ou não, né? Quem sabe, além deles?

Mas a verdade é que eu não deveria nem estar pensando nisso. Regina e Robin juntos. Transando. Minha mente é muito fértil, e não é difícil as imagens começarem a tomar forma. Além de que, eu me senti mal, vendo os dois dando um beijo, imagina transando?

Argh! Apenas não!

Não por Regina, é claro.

De repente, sinto meu estômago começar a revirar. Corro imediatamente para o banheiro, mas ao chegar ao cômodo, apenas molho o rosto por diversas versas e respiro fundo para tentar fazer a vontade.

Alguns minutos passados, sentada na privada, e me abanando, ainda com o rosto molhado, sinto-me melhor. Vou para a sala e pego minha bolsa que estava em um dos sofás. Procuro minha escova de dente, e uma roupa limpa. Volto para o banheiro, tomo um bom banho, escovo os dentes e arrumo o meu cabelo. Coloco a roupa suja dentro da bolsa, que agora ficou um volume enorme, bem ruim para fechar, e em seguida vou para a cozinha.

Abro a geladeira à procura do que comer e do que fazer para a minha professora, mas lembro-me de que tudo que ela deve comer está numa listinha. Não pode ser qualquer coisa. Enfio minha mão no bolso da calça que estou usando, mas não encontro o papel.

— Demente! — Murmuro. Eu acabei de trocar de roupa. É claro que o papel não estaria aqui comigo. Não se eu não o tivesse pegado da outra calça. — Agora será outra luta para abrir e depois fechar, aquele zíper novamente. — Balanço a cabeça negativamente. — Haja paciência.

Ao pegar a bolsa, que estava jogada ao chão, abri-la em busca da calça, retirar a peça lá de dentro, e verificar os bolso, percebo que fiz tudo isso em vão.

— Argh!

Olho ao redor, e nada de encontra-lo. Volto para a cozinha para ver se estava por lá, e após revirar o cômodo, encontro-o em cima do balcão, embaixo de um copo.

Eu não acredito que ele esteve esse tempo todo perto de mim.

De acordo com a lista, Regina só poderia comer frutas durante a manhã. Abro a geladeira, e escolho algumas que tinha lá dentro. Lavo-as, corto-as, e logo formo o prato.

Uva, maçã, banana, rodelas de abacaxi, metade de um mamão e morango formam o prato. Pego dois copos e, em um coloco água, e em outro coloco suco de laranja.

— Será que tem muito? — Indago-me ao olhar o tanto de coisa que eu enfiei na louça.

Eu mesmo, não comeria. Não tenho tanto apetite assim que acordo. É necessário trinta minutos, para que eu possa comer bem.

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