Capítulo 41

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Abro os meus olhos, mas logo os fechos novamente devido a claridade. Tento me mover para o lado, mas é impossível, pois, Regina está literalmente em cima de mim, fazendo-me de travesseiro. Seus cabelos estão quase entrando em minha boca, suas mãos estão me agarrando fortemente na cintura, e a cabeça está abaixo do meu queixo, no meu colo. Metade de seu corpo está sobre o meu.

Eu deveria estar reclamando da falta de ar que estou sentindo, mas está tão bom, que eu a agarro forte e tento voltar a dormir. Mas aí ela resmunga, provavelmente por causa do meu aperto, e levanta a cabeça, mas ainda de olhos fechados.

— Volta a dormir, vai. — Peço num sussurro e beijo sua testa. Meu amor resmunga algo e volta a deitar em meu peito. Talvez ela não tenha me escutado, apenas se rendeu ao sono.

Tento pegar no sono para dormir por pelo menos uns trinta minutos, mas não consigo. Meu corpo começa a dar sinais de que está cansado de ficar deitado, e que é hora de me levantar e me esticar.

Não querendo, mas tendo que fazer, beijo várias vezes os cabelos negros de minha professora, e arrasto meus dedos em um carinho, por suas costas nuas. Regina começa a se contorcer, provavelmente sentindo cócegas e levanta a cabeça novamente, mas ainda de olhos fechados. Abre um sorrisinho e me beija, e volta a deitar novamente, porém, não mais em cima de mim, mas sim, do meu lado, virando-se no colchão e ficando de barriga para cima.

Parece que hoje nós invertemos os papéis.

É uma pena que já seja segunda-feira mais uma vez, e eu tenho que ir para a escola. Não queria sair dessa cama, não queria me separar de Regina, não queria ir e dar de cara com Fiona. Eu não queria muitas coisas, mas, infelizmente, querer não é poder.

Aproveitando a posição que estamos, tendo uma ótima ideia para acorda-la, viro-me de lado e começo a beijar seu pescoço, ao mesmo tempo que minha mão esquerda começa a descer pelo seu corpo nu, e encontra sua intimidade, já começando a estimulá-la devagar. Regina não abre os olhos, mas sua respiração logo se torna irregular e seu corpo dá sinais do que está sentindo enquanto passo meu dedo médio por seus grandes lábios e ataco o seu pescoço.

Então seu quadril começou a se mover de encontro a minha mão e eu me afastei um pouco, pretendendo me posicionar melhor, para poder lhe dar mais prazer, porém seus olhos se abriram, seus castanhos me encararam em chamas e sua boca veio de encontro a minha, beijando-a com volúpia e sensualidade.

Mas o contato dura pouco, pois, seu corpo, incendiado de prazer, começa a se mover freneticamente em busca de mais contato, e ela solta a minha boca, liberando gemidos roucos, palavras desconexas e o meu nome, misturado com a respiração acelerada.

E então, segundos depois, seu corpo explode em um orgasmo intenso e avassalador.

— Bom dia, Em. — Beija-me ternamente, tentando acalmar a respiração.

— Ótimo! — Sussurro, atacando seus lábios mais uma vez e dando uma mordida.

— Acho que te amassei um pouco essa noite. — Faz uma careta, mas logo sorri. Vendo-a assim, com essa falsa ingenuidade, ainda mais depois do que acabou de acontecer, sinto vontade de apertá-la com todas as minhas forças, e depois sair mordendo-a. — Mas é que esse travesseiro é tão melhor que o meu. — Explica-se toda manhosa, e me aperta.

— Preciso admitir que eu estava me sentindo sufocada, mas estava amando ser amassada por você. — Levanto-me devagar e me sento, sendo seguida por ela, que encosta no espelho da cama. — Estava amando ser o seu travesseiro. — Concluo, puxando-a para mais um beijo um pouco mais demorado que o último. Segundos depois, encerro, relutantemente, o contato com um selinho e me levanto da cama, já pegando minhas roupas, que estavam jogadas no canto do quarto e vestindo-as.

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