Capítulo 67

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Duas semanas depois.

Era noite de quinta-feira, na manhã seguinte iríamos a uma excursão da escola para Augusta. Em vez de eu estar em casa, preparando minha bolsa e depois descansando para me acordar disposta e o principal, não perder a hora, eu estava no shopping com Ruby, Nellie, Killian e Ariel, em uma mesa de uma lanchonete da praça de alimentação, tomando champanhe e comendo pizza. Não era uma muito boa, vinho seria muito melhor, mas inventamos de provar algo novo e deu nisso. O champanhe não era do mesmo lugar de onde veio a pizza. Era de um estabelecimento que ficava do lado de fora do shopping, onde só se vendia bebidas, principalmente alcoólicas. O atendente só vendeu a bebida porque Killian mostrou sua identidade falsa para ele, mostrando sua idade. 22. Killian ainda tinha 19. Depois tivemos que comprar diversas latas de refrigerante para trocar as bebidas e poder ficar livre dentro do shopping.

― As coisas de vocês já estão prontas? — Ariel pergunta e eu percebo sua voz estranha, um pouco embolada. Estaria Ariel bêbada? Como isso foi possível, apenas com champanhe? Estávamos na segunda garrafa ainda, e Ariel incrivelmente é bastante forte para álcool.

― Você já está bêbada, Ariel? — Ruby indaga em tom zombeteiro. Se Lucas também tinha percebido é porque provavelmente ela está realmente.

― Claro que não. — Responde irritada e nós rimos. Sim, ela estava.

― Ei! — Nellie chama a nossa atenção. — O shopping já vai fechar. — Aponta para algumas lojas que já estavam fechando as portas e o pessoal que já seguiam para a saída. — É hora de irmos.

― Não para casa, é claro. — Killian completa. — Antes, vamos aproveitar um pouco mais essa noite. — Dá uma piscadela para Ruby e Ariel e a ruiva fica sem graça. Suas bochechas ficam da cor de seu cabelo.

Terminamos nossas bebidas, pedimos a conta das pizzas e logo fomos embora. Quando passamos pelas portas, elas já estavam baixadas até a metade.

•§•

Cheguei em casa completamente zonza. Dessa vez, ninguém veio me acompanhado como de costume, ou eu fui levar alguém em casa. Exceto Ariel que estava extremamente virada, todos nós estávamos na mesma situação e só dependíamos de nós mesmo para chegar em casa em segurança. Bem, eu cheguei e espero que todos os outros tenham chegado também.

Passava dá uma da madrugada. Eu deveria estar dormindo. No dia seguinte eu teria que estar bem cedo na escola. Às seis e meia da manhã. Os ônibus iriam sair às sete em ponto e a coordenadora era bastante pontual e não tolerava atrasados, principalmente vindos de mim.

Fechei a porta e atravessei a sala com um pouco de dificuldade. Minha cabeça estava rodando ainda mais, agora que estou em casa. No caminho todo, a tontura estava fraca e não estava me fazendo cambalear e tombar pelos cantos, como agora. É como se ela soubesse que aqui eu poderia cair, ficar e até dormir, porque eu já estava em casa e não teria problema.

Consegui chegar ao banheiro pronta para tomar um banho, pois vim tirando a roupa pelo caminho, mas meus olhos pesaram e eu não resisti em me sentar no chão e descansar só um pouco as pálpebras antes de tomar banho e poder ir dormir de vez.

Quando abri os olhos, minha bunda queimava e meu pescoço estava dolorido. Quanto tempo eu tinha passado dormindo no chão?

Bem devagar e já me sentindo um pouco melhor da tontura, levanto-me e sigo para debaixo do chuveiro, quando a água encosta em minha pele eu solto um grito. Estava muito fria. Ava aparece na porta do banheiro, mas eu a tranquilizo, dizendo que não foi nada. Ao terminar, nem me dou o trabalho de me enxugar, apenas enxugo meus pés no tapete e cubro-me com o roupão.

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