Ainda sem acreditar que o meu pai, James Nolan, estava me ligando depois de tanto tempo sem dá um sinal de vida, afasto o aparelho celular do meu ouvido e olho para a tela, lendo número por número para ter certeza de que estou vendo certo.
Sim, era o número que meus pais usavam para me ligar. Sim, era o meu pai que estava ligando. Não, eu não estava sonhando.
Todavia, ao mesmo tempo em que essa ligação me fez ficar feliz, também me fez ficar apreensiva.
E se tiver acontecido algo de ruim e seja por isso que ele esteja me ligando? Se bem que... Se eles passaram esse tempo todo sem entrar em contato e minha avó sem agia estranho quando eu lhe questionava sobre eles, é porque, com certeza algo aconteceu, e eu tenho certeza que não foi boa.
— Meu amor... ― Sussurra e o meu coração bate dolorido no peito. Como eu tinha sentido a sua falta. Como eu tinha sentido falta de escutá-lo me chamar de meu amor e de vários apelidos carinhosos e até caretas. Como eu tinha sentido falta de escutar sua voz. ― Você está bem? Nós estamos morrendo de saudade de você, sua avó e todo o pessoal por aí.
— Eu te amo, pai! ― Minha voz saiu entrecortada, mas eu segurei o choro, deixando apenas que algumas lágrimas saíssem. ― Também estou morrendo de saudade de vocês. ― Olho para o alto e respiro fundo, tentando manter a calma. ― Finalmente você me ligou, eu já não estava mais aguentando ficar sem saber nada sobre vocês ou saber como estão. ― Meu tom sai um pouco irritado. Eu estava com saudade deles, mas também estava irritada pelo sumiço e a falta de uma explicação. Eu não podia passar a mão em sua cabeça e esquecer isso só porque eu sentia a falta deles. ― O que aconteceu? Cadê a mamãe? Por que não me ligaram depois do ano novo?
— Ei, calma! Eu explicarei tudo. ― Pelo seu tom de voz, senti que estava nervoso. Algo de muito errado estava acontecendo.
— Pai, diga logo. Não enrole. ― Pedi, já nervosa e preocupada.
— Nós iríamos fazer uma surpresa a você logo depois da virada de ano. Iríamos passar alguns meses por aí, já que estávamos de férias...
— E por que não vieram? O que aconteceu para mudar os planos? ― Bombardeei-o de perguntas, já temendo a resposta, que eu sentia que não seria boa.
— Por que... ― Meu pai hesita, deixando-me nervosa. Levanto da cama e, como de costume, começo a andar de um lado para o outro no quarto. — Ok... Sua mãe não se sentiu bem quando estávamos no aeroporto. Levei-a para o hospital e ela ficou internada para fazerem exames e descobrir o que era. ― Diz de uma vez e bem rápido. ― Na verdade, está até hoje, embora tenha voltado para casa no dia seguinte. ― Conclui em um tom triste.
— Isso já faz uns três meses e você só me avisa agora? ― Esbravejei completamente irritada, não me importando se era com o meu pai que eu estava falando. Sei que eu estava errada em gritar com ele, mas a raiva por ter me escondido que minha mãe não estava bem, tinha tomado conta de mim.
― Ei! Calminha aí, deixa eu terminar de falar. ― Pede em um tom elevado. ― Como tinha sido apenas um enjoo e forte dor de cabeça, o médico que a atendeu, receitou alguns remédios e a liberou no dia seguinte. Então remarcamos a viagem para a semana seguinte, quando tivéssemos certeza de que ela estaria bem para viajar.
— E o que deu errado dessa vez? ― Perguntei curiosa, embora já tivesse uma ideia de qual seria a resposta.
― Infelizmente, essas idas ao hospital se tornaram frequente ao longo das semanas, até que, na semana passada Ingrid teve convulsão em frente ao médico e ele suspeitou de algo...
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Next to me
FanfictionEmma Swan é aluna do 3° ano do ensino médio da Deering High School situada em Portland, no Maine, e Regina Mills é professora de Gramática e Literatura da mesma, há dois anos. Após um pequeno desentendimento entre as duas mulheres ainda no começo do...