Capítulo 50

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Acordo no susto no meio da noite e quase caio do sofá quando enxergo Regina sentada no chão, em minha frente.

— Por que está aí, sentada? ― Sentei-me no sofá com a mão no coração, sentindo-o bater acelerado.

— Você pegou no sono aqui mesmo e eu vim te chamar para ir para a cama. ― Explicou, levantando-se e estendendo a mão em minha direção. — Vamos? ― Olho ao redor, vendo a bagunça de papéis que eu tinha feito, tentando me lembrar se eu tinha terminado. ― Se não terminou ainda, termina amanhã de manhã... ― Minha professora volta a falar como se tivesse lido meus pensamentos e dou de ombros, decidindo não me importar se tinha terminado. Agarro a sua mão quente e macia e me levanto de uma vez, aproveitando a coragem.

Quando me joguei na cama, não me dei ao trabalho de me cobrir ou tirar as roupas pesadas, apenas deixei o sono me levar.

Desperto na manhã seguinte com os carinhos, na verdade são lambidas, de Ava em minha mão direita, que está completamente para fora da cama. Todo o meu braço está, na verdade. Olhei a hora, passava das oitos da manhã, e me levantei a contragosto. Regina já não estava mais ao meu lado. Saí da cama, espreguicei até os fios de cabelo e peguei minha pequena no colo, que já estava me pedindo por isso logo que fiquei de pé.

— Bom dia, minha gostosa! ― Acariciei seus pelos, enchi sua cabeça cheirosa de beijos, e juntas nós saímos do quarto.

Minha morena estava na sala, assistindo desenhos enquanto bebia algo numa grande xícara branca e preta. Provavelmente café. Ela estava viciada.

— Quando seus dentes estiverem pretos feito carvão, não venha dizer que não avisei. ― Já cheguei dando bronca, anunciando minha chegada, e me acomodei ao seu lado no sofá.

— É para isso que existe branqueamento, pasta de dente... ― Rebate em um tom claro de desprezo. Pisca um olho e beija meus lábios delicadamente, fazendo-me sentir o gosto do café e atiçando a minha vontade de tomar. ― Bom dia!

— Bom dia! ― Peguei a xícara de sua mão e dei um grande gole. Meu amor olha para mim boquiaberta e com um olhar de quem diz: "você é uma hipócrita'' — Só porque falo para você parar de tomar tanto café por causa dos dentes, não quer dizer que eu não deva tomar também. ― Minha vez de piscar um olho e me sentir vitoriosa. 1x1. Com mais um grande gole, termino o café e lhe entrego a xícara varia.

— O seu estava na mesa, Swan! ― Reclama, respirando fundo e balançando a cabeça negativamente, e eu me seguro para não rir. — Mas agora ele vai ser meu. ― Sussurra como se fosse um segredo, e se levanta do sofá.

— Se você chegasse a vê-lo era bom. ― Rebati, dando um pulo do sofá e correndo até a cozinha para tentar pegar o café antes dela, que ao me ver correndo, correu também.

•§•

— Rê, vamos faltar a escola hoje e ficar em casa. ― Sussurro em meio aos beijos que eu dava em seu pescoço, enquanto imprensava-a ainda mais na parede e tinha seus gemidos como prêmio. Já estávamos há uns dez minutos ou mais, assim.

Regina gargalha, mas não dá uma resposta, apenas continua com seus gemidos em meu ouvido, atiçando-me ainda mais, enquanto mordo pontos estratégicos em seu pescoço e passeio com minhas mãos por seu corpo.

— Só hoje, Rê. ― Implorei, voltando a beijar seus lábios com o batom vermelho todo borrado. Com certeza, apesar de não usar batom, eu não estava diferente dela. — Você inventa qualquer besteira... ― Sugiro. Enfiei a mão por debaixo da sua saia, almejando chegar em sua intimidade, mas e ela a segurou e a tirou dali.

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