Capítulo 73

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Cheguei para matar quem estava matando vocês, a curiosidade! Boa leitura ;)


Que forma maravilhosa de conhecer a sogra. Só podia ser eu.

A senhora continuava me encarando com um semblante fechado e eu não sabia o que fazer ou falar. Meu coração estava a mil e eu só queria poder correr para fora da casa e só voltar quando Regina estivesse sozinha novamente.

A sala estava silenciosa e todos me encaravam. Eu estava me sentindo como um ser estranho e não um humano. Olhei para Zelena e a mulher sorriu, talvez ela tenha gostado de mim. Em seguida, olhei para Rê em busca de ajuda, mas ela parecia tão perdida quanto eu.

― Je ne peux faire semblant de comprendre le français? (Eu não posso fingir que entendo francês?) ― Perguntei para as duas irmãs. Seria uma boa forma de fugir dessa situação, fingindo que não entendo inglês, embora eu tenho certeza de que não tenho cara de francesa.

― Ce serait une bonne idée... (Seria uma boa ideia...) — A irmã ruiva me responde, abrindo um sorriso e eu tenho esperança de que minha ideia pode dar certo. — Cependant... (Porém...) ― Acrescenta, fazendo uma expressão de que sente muito e balançando a cabeça negativamente e a minha esperança morre.

― Vous avez parlé en anglais quand il est venu mon amour. (Você falou em Inglês quando chegou, meu amor.) ― Minha morena completa. — Vem... — Pega em minha mão, que ousadia fazer isso na frente da mãe dela, e me puxa em direção ao sofá. — Mantenha a calma. — Sussurra em meu ouvido, sob o olhar atento da senhora sentada no estofado.

Passo por Tinker, que estava encostada a parede, e me sento no sofá, bem ao lado do senhor, com certeza o seu pai, que só agora eu percebi que estava chupando uma laranja. Não me contendo, acabo sorrindo por me lembrar do comentário de Regina quando estávamos no Estúdio e a morena me repreende com o olhar. Engulo a risada e rapidamente volto a ficar séria. De frente para mim, estava a mãe dela, que só agora percebi que estava com um lenço na cabeça. Um lenço muito bonito, por sinal.

― Então, Emma... — Zelena puxa assunto, sentando-se ao lado de sua mãe. — Como você conheceu a minha irmã? — Pergunta sorridente. Acho que ela realmente gostou de mim. Que bom! Ao menos alguém gostou.

― Ela... — Interrompo-me e engulo em seco. Eu estava nervosa com o olhar fulminante da minha sogra sobre mim. Sinto que ela poderia me matar a qualquer momento. — É minha professora e...

― O que? — A senhora me interrompe e com o susto eu vou para trás. Meu coração se acelera. — Além de minha filha está se envolvendo com uma garota... — Sua voz soa bastante decepcionada. — Ou melhor, criança... — Corrige-se e me atinge profundamente. — É sua aluna? — Questiona incrédula e balança a cabeça negativamente. — Que vergonhoso! — Olha para Regina que estava em pé ao lado do seu amigo. Nossos olhares se encontram e eu vejo em seus castanhos um pedido silencioso de desculpa. — Eu não acredito que você se separou do seu marido e foi viver um romancezinho lésbico com uma aluna... — Suspira pesadamente. — Uma aluna, Regina... O que você tem? Merda na cabeça? — Meus olhos ardem devido as lágrimas que estavam lutando para sair, mas eu não cederia. Não choraria na frente de nenhum deles, principalmente dela.

― Mamãe! — Regina repreende em um tom irritado, mas a mulher nem lhe dá atenção.

Zelena, Tinker e o tal Dawson olham abismados para a senhora, mas não parecem estar dispostos a abrir a boca e dizer alguma coisa.

— Você sabe que pode ser presa por isso, não sabe? — Questiona à filha. Minha respiração já estava irregular devido à agitação e raiva dentro de mim. — Que eu saiba você não é lésbica... Que eu saiba você gosta de algo maior e mais grosso também. — Sorri, mas ninguém lhe acompanha. Ninguém presente no cômodo está achando graça. — Isso é passageiro... ― Volta-se para mim. ― Minha filha só está provando e se divertindo com você enquanto não aparece um homem em sua vida. — Abre um sorriso e o meu sangue ferve completamente. Eu queria cometer uma loucura.

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