Capítulo 70

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Após a nossa conversa, ainda ficamos deitadas por ali, contemplando a linda noite que Deus fez para nós, trocando carinhos e aproveitando a companhia uma da outra. Um tempo depois, resolvemos ir embora. Já passava das onze da noite.

Quando voltamos para a quadra para avisar aos nossos amigos que estávamos indo embora, a coordenadora, vários professores e alunos já tinham indo embora e os alunos que ficaram, tinham transformado a festa em uma balada cheia de bebidas e drogas. Regina quase teve um infarto quando viu tudo. Eu tive que implorar para ela não se meter e fingir que não viu, assim como os outros professores que ainda estavam no local.

Procurei por Killian, mas não o encontrei, então segui atrás de Ruby e Ariel e encontrei as duas aos beijos em um canto mais afastado da aglomeração. Meti-me no meio delas, avisei que estava indo embora e pedi para avisarem ao Killian. Protestaram um pouco, mas me deixaram ir. Segui atrás de Nellie e Jack para dar o aviso e eles também estavam no maior amasso. Assim como fiz com Ariel e Ruby, meti-me no meio dos dois, avisei que estava indo embora e pedi para avisarem ao Killian, caso o encontrassem. Em seguida, fui atrás de Regina, que conversava animadamente com Mary e o homem misterioso para mim, que depois eu daria um jeito de saber quem é, e chamei-a para ir embora.

Por já estar tarde e sabermos que um táxi demoraria em aparecer e nem eu e nem ela poderíamos dirigir por ter ingerido bebida alcoólica, resolvemos voltar para casa andando. Seria uma boa caminhada, mas eu não estava me importando de fazer. Afinal, eu estava na melhor companhia que eu poderia querer e passaria mais tempo ao seu lado.

Assim que saímos da rua da escola, puxei-a para mais perto, abracei sua cintura de forma protetora e em silêncio começamos a andar pela rua deserta e molhada devido à chuva fina que caiu há pouco.

O barulho dos nossos passos e das árvores que eram sacudidas por causa da ventania deveriam ser os únicos barulhos que deveríamos ouvir, se não fosse por duas pessoas no maior amasso, fazendo alguns sonos, em um beco escuro, ali, bem próximo à escola, onde qualquer ser que estivesse em bom estado e tivesse boa visão veria se passasse por aquele local.

Pedi a Regina que fizesse silêncio, soltei-me dela e me aproximei vagarosamente até ficar a centímetros dos dois.

― Imaginem se não fosse eu e a Regina passando por aqui agora. — Sussurrei no ouvido de Killian e assustei os dois, que pararam no mesmo momento que ouviram minha voz. — Agora está bem explicado como Killian sabia que Regina ficaria conosco na excursão. — Ele vira-se para mim e sorri sem graça. — E eu achando que você ficaria com Ruby ou Ariel. — Balancei a cabeça negativamente. — Eu estava muito enganada.

― As duas foram mais rápidas do que eu e pegaram um a outra. ― Retruca todo zombeteiro e eu semicerro os olhos e cruzo os braços, mas no fundo, eu queria rir do que ele disse.

― Ei, loira de farmácia... — Tinker me cumprimenta toda sem graça. — O que vocês estão fazendo aqui? — Olha-me com malícia, mas ao olhar para Killian, lembra-se que ele não sabe de nada e desfez o olhar.

― A pergunta certa é: O que vocês dois estão fazendo aqui? ― Reformulo, enfatizando o sujeito. ― Já pensou se fosse a coordenadora ou a diretora em vez de mim e Regina? — Os dois arregalam os olhos. — Pelo jeito não pensaram nas consequências. — Balanço a cabeça negativamente. — Não entendo o porquê de escolherem esse local... ― Aponto para o nosso ao redor. Um beco completamente escuro, sujo, cheio de animais que trazem doenças, sem movimento algum por perto e muito perto da escola. Um perigo. ― Killian, seu irmão nem está em casa pelo que eu sei, mas mesmo se estivesse, ele nem ligaria. — Meu amigo, com certeza envergonhado, abaixa a cabeça e foca o olhar no chão. — Rose... — Digo seu nome para que fique ciente do quanto estou falando sério e logo ela também abaixa a cabeça. — Você, pelo que sei, mora sozinha. Não vejo problema em ir para lá. Ou seja, não há a necessidade de vocês estarem fazendo isso aqui e correndo riscos.

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