Capítulo 36

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"No instante em que seus lábios encontraram pela primeira vez, houve um lampejo de algo quase elétrico que o fez acreditar que o sentimento iria durar para sempre." __ O Guardião


Durante o mês que passara ''voando'' eu recebi inúmeras ligações da secretária do curso que eu comecei a fazer, e parei de ir depois da descoberta sobre a professora. Inventei algumas desculpas esfarrapadas, como um pé quebrado, e ela parou de me cobrar presença.

De alguma forma, Fiona conseguiu o número do meu celular, e como se estivesse sempre me vigiando, ela ligava para mim sempre que eu estava sozinha. Era incrível o timming dela.

Na escola, não me deixava em paz. Nas suas aulas, como sempre, procurava implicar comigo por qualquer besteira, como se só quisesse chamar a minha atenção, e quando me via sozinha na quadra, na frente da escola, no banheiro, ou na sala de aula mesmo, vinha puxar assunto sempre com uma aproximação inapropriada. Sempre querendo se chegar mais, e provavelmente tentar algo. Porém eu sempre era salva pelos gongos chamados, Ruby, Killian, Ariel, Nellie, e a Regina. A última era a que mais me salvava. Outra que tinha um ótimo timming.

Não estava sendo nada fácil fugir daquela mulher, que parecia estar sempre me perseguindo. Onde eu estava, Fiona aparecia como se fosse mágica. Isso me dava bastante medo. Talvez ela fosse mesmo, alguma feiticeira.

Hoje eu estou completando um mês de namoro com Regina, e quero aproveitar bastante com ela. Quero passar um dia especial ao seu lado. Comemorar o primeiro mês de muitos que virão, se Deus permitir, e se ela quiser, porque eu quero. Quero fazer algo especial, e aproveitar que é final de semana, e poderemos sair sem se preocupar com a hora, por causa do dia seguinte.

Durante o mês que se passou, tive que socorrer Regina para o hospital algumas vezes, pois em algumas noites, ela sentira bastante dor de cabeça, a ponto de desmaiar e ficar desacordada por horas. De acordo com o médico, enquanto ela não tivesse as "memórias perdidas" de volta, isso iria acontecer algumas vezes. Recomendou-me diversas vezes, para sempre ficar de olho no que ela fazia e para estar sempre por perto, pois se quando esses desmaios voltassem a acontecer, em algumas dessas vezes ela caísse e batesse com a cabeça no chão, poderia causar mais problemas.

Certo dia, Regina também decidiu que pediria o divórcio de Robin o mais rápido possível, pois não queria mais nenhuma ligação com ele, e queria acabar com as suas chatas insistências em querer reatar o casamento.

•§•

Durante a manhã de sábado, passei a manhã inteira numa floricultura, decidindo qual a cor da rosa que eu levaria para Regina. Seria apenas uma porque a ideia seria, todo mês ir aumentando a quantidade, de acordo com o nosso tempo juntas.

Depois que saí da casa das flores, fui até uma loja de presentes e comprei um cartão preto com bordas douradas. Ato seguinte, fui até a biblioteca pública do centro da cidade, e na seção de romance, procurei por algum livro do Nicholas Sparks, já que era o meu escritor favorito, assim como o de Regina também, escolhi uma de suas citações, e transcrevi para o cartão que havia comprado minutos antes.

A ideia de dar uma rosa com um cartão, além de ser clichê, é algo simples. Porém eu nunca fui romântica. Meus antigos namorados também não foram românticos comigo. Especialmente Neal, que quase me matou. Então, tirando os livros do Nicholas, eu não tinha reais experiências, para poder aplicar. Mas, como Regina sempre me disse que, o que vale é a intenção, e como o que importa é realmente a intenção, sei que ela irá gostar. E eu não queria e nem poderia deixar essa data passar em branco.

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