Capítulo 77

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Quando eu cheguei em casa, algumas horas depois, porque eu andei sem rumo pelas ruas até me cansar, só fiz tirar minha roupa e caí na cama.

No sábado de manhã, fui acordada por Ruby, Ariel, Killian e Nellie. Estavam muito animados porque as provas tinham acabado e só faltava um papel para garantir que estávamos livres da escola para sempre.

Eles passaram a manhã comigo e até que eu me distraí e não pensei sobre o que aconteceu no sábado passado. Após o almoço, foram embora, mas logo voltaram à noite para me arrastarem para uma nova boate que tinha no centro para uma despedida, já que eu viajaria na segunda e ficaríamos um mês sem nos vermos e para uma comemoração melhor, mesmo que ainda não tivéssemos a total certeza de que passamos.

Embora eu não estivesse muito animada para qualquer coisa, eu não me recusei a ir, apenas troquei de roupa e deixei que me levassem.

Quando chegamos no centro, esperamos um pouco por Jack e quando ele chegou alguns minutos depois, nós entramos.

Durante toda a noite, Ruby e Ariel se esqueceram completamente de todos nós, o que me deixou possessa, Killian se encheu de rum, pegou o celular, ligou para Tinker e sumiu, Nellie conheceu um garoto e também sumiu e eu fiquei conversando com Jack. Embora soubesse bem quais eram as suas intenções, eu agradeci por ele está ali. A conversa estava boa e eu não estava sozinha.

Na volta para casa, já de manhã, Jack se ofereceu para me levar e eu aceitei. Eu sabia bem o maior motivo por trás da sua oferta, mas eu não queria voltar sozinha, por isso, aceitei a sua companhia independente das suas ideias.

Quando descemos do táxi, Jack me abraçou de lado e colocou o meu braço no seu pescoço. Eu tinha passado tanto tempo sentada que quando me levantei de vez, quase caí. Eu estava me sentindo estranha. Minha cabeça estava quente e meu coração frio, minhas pernas estavam fracas, minhas mãos estavam um pouco trêmulas, mas eu não me sentia bêbada.

― Tenho certeza que um bom banho resolve isso. ― Jack comentou entre risos, prendendo-me mais ao seu corpo e diminuindo os passos para eu lhe acompanhar melhor.

― Uma boa dormida também! ― Acrescentei e nós rimos.

Ao levantar a cabeça, tomo um susto ao ver Regina na porta e se não fosse Jack, eu tinha certeza que tinha caído.

Minha professora me olhou por alguns segundos, depois olhou para Jack, provavelmente concluiu algo e voltou a atenção para mim.

― Eu volto depois! ― Ela diz sem graça e passa por nós apressada. Meu coração se aperta.

― Regina? ― Chamo-a, mas ela não me dá ouvidos e continua andando, até que dobra para direita e some de minhas vistas.

― É a sua professora, não é? ― Jack pergunta, chamando a minha atenção. Volto-me para ele e balanço a cabeça afirmativamente. De repente, sinto a minha amiga subir pela garganta e se eu não correr, é certo que vai dá muita merda. ― O que... ― Sua provável pergunta é interrompida pela minha corrida desesperada até a porta, mesmo estando fraca. ― Emma? ― ele me chama, mas eu não dou atenção. Não tinha tempo. Abro a porta na velocidade da luz, entro em casa e corro direto para o banheiro, levanto a tampa do vaso e deixo tudo ir para fora, bem como querem. Jack chega segundos depois e segura meu cabelo e acaricia as minhas costas, enquanto diz umas palavras para tentar me acalmar.

Um tempo depois, eu já não tinha mais o que colocar para fora, mas a agonia continuava presente e me obrigando a forçar. Eu me sentia completamente sem forças, minha cabeça doía a cada tossida e o aperto em meu coração só aumentava.

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