Uma Doce Charada

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Grávida.

Minha mãe estava grávida.

Uma nova criança.

Uma nova criança para dentro de casa.

Alguém para quem eu poderia morrer sem ao menos me importar com isso.

Um bebê bem pequeno que mal sabe se defender.

— Você não está brincando com a gente, não é mamãe? — Chris perguntou depois de alguns momentos.

Minha mãe respirou fundo e negou com a cabeça. Suas mãos ainda estavam sobre sua barriga, envolvendo aquele bebê de alguma forma.

— A quanto tempo? — meu pai perguntou olhando para sua barriga.

Ele parecia tão inacreditável quanto eu.

— Dois meses.

Meus olhos abriram com o tempo que aquilo estava ali.

— Porque você só nos contou agora ? — meu pai perguntou. — Clara, você não podia... Não, merda..

Ele se afastou da minha mãe e começou a andar nervoso por nossa volta com as mãos na cabeça.

— Pai, você não quer? — O palerma do meu irmão perguntou e eu senti vontade de socá-lo por ser tão... Ele.

— Você não tem noção do que está falando, Christopher então não se mete. Sua mãe não tinha o direito...

— Ela não fez essa criança sozinha. — meu irmão cortou.

— Você não podia mãe, você não podia está grávida e continuar lutando e nos escondendo isso.. É uma vida, caramba. Tem uma vida crescendo dentro de você e você continua agindo como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. — eu finalmente abri a boca para dizer algo e vi o alívio nos olhos do meu pai ao saber que eu tinha tido o mesmo pensamento que ele. — Isso é loucura!

— Eu descobri à pouco tempo, fiz os exames enquanto vocês estavam fora e bem.. Não tenho nada à ser dito, apenas que estou feliz com mais uma criança e espero que vocês também estejam. — ela disse por fim olhando para o meu pai. — Sei que não estava em nossos planos, mas aconteceu, espero que você fique comigo..

Isso pareceu amolecer o coração do meu pai e eu acabei soltando o ar que nem havia reparado que estava preso nos pulmões.

— Eu sempre vou está querida. — Meu pai disse beijando os labios da minha mãe.

Mais uma vez, para o bem da minha glicose, o alarme soou nos lembrando que havia um louco pela cidade soltando pistas sem sentindo.

Como eu sabia que eram sem sentido? Porque bem, quem em sã consciência resolveu sair de casa vestido uma roupinha coladinha no corpo, lilás e com várias interrogações desenhada ?

Um louco!

— Acho que nossos planos mudam aqui. — Meu pai disse nos fazendo voltar a realidade. — Sei que temos coisas à resolver e que por meio de dúvidas teremos de esclarecer certos pontos, Clara... Quero que fique e me deixe ir sozinho. Não vou permitir que você vá até lá com um filho meu no ventre.

Meu pai pareceu irredutível e eu concordava com seus pensamentos.

— Você não pode sozinho, Michael. Nós somos uma equipe e trabalhamos em conjunto. — Minha mãe rebateu e meu pai bufou.

— Querida.. — meu pai começou e minha mãe rapidamente saiu correndo em sua velocidade nos deixando ali sozinhos. — Odeio quando ela faz isso... — E mais uma vez, minha mãe apareceu no nosso lado vestida para combate. Botas de couro vermelho nos pés, uma calça colada ainda de couro e a blusa complementando seu visual e em mãos, luvas pretas e sua pequena máscara cobrindo partes de seu rosto. O grande emblema em J desenhado em seu peito fazia dar o ar que todos os habilidades de Miami desejavam como uma mulher perfeita e incrivelmente poderosa. — Enfim, você está grávida e precisa manter cuidados e..

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