A cassada

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BRUCE

Denise está fazendo um ótimo trabalho, não é fácil ficar de olho nessa garota, mesmo grávida deu um baile nos seguranças e agentes, agora Kurt está atrás dela, eu preciso mantê-la em segurança, há um dia estou na cola de Kurt.

Kurt e seu capanga entram na casa, fiquei preocupado, mas sabia que Denise estava com a arma, deve ter encontrado em seus pertences, não seria louca de andar sem ela, deveria ter deixado dinheiro também. Fiquei observando dentro do carro, aproveitei e verifiquei minha arma, deixei pronta para qualquer problema, daria um único tiro se alguém saísse correndo de lá. Tudo ficou quieto, logo a mãe e a irmã de Denise chegam, vejo os dois saírem pela lateral da casa, entraram no carro e saíram do local deixando todos em paz. Respirei fundo e fiquei olhando, rezando para que Denise estivesse bem, se estivesse morta, não tinha mais nada o que se fazer, iria apenas me vingar, agora o que menos queria era Denise morta.

Depois de algumas horas, vi mãe e filha saindo da casa, estranhei que a casa permaneceu escura, esperei a madrugada cair e entrei pelos fundos, achei a porta da cozinha apenas encostada, abri a porta e entrei, Denise dormia no sofá abraçada a uma almofada, me abaixei perto dela e fiquei olhando para aquela mulher que tanto amava e que carregava o meu filho, queria tanto tocar em seus cabelos e sentir sua respiração, beijar sua boca e sentir seus braços me envolverem.

Me levantei, pois eu agora só podia dar proteção e nada mais, precisava cuidar para que nosso filho venha ao mundo com tranquilidade, olhei pela casa, estava tudo bem, logo saí e voltei para o carro e fiquei lá, esperando por novidades.

Acordei assustado, vários carros pretos pararam em frente à casa, alguns chegaram a cantar o pneus, fiquei observando, mas não podia ficar ali, podia ser reconhecido, liguei o carro e saí calmamente, ainda tive tempo de ver os homens invadirem a casa, virei a esquina e segui, iria para o hotel e ver o noticiário, passei pela segunda quadra e vejo Denise andando calmamente, podia reconhecê-la de longe, fiz a volta com o carro e parei ao seu lado e abri a porta traseira, Denise ficou olhando para o táxi e entrou.

― Como sabia que precisava de um taxi? ― perguntou ela achando graça, não respondi, e segui com a passageira. ― Conhece algum hotel baratinho para poder descansar?

― Sim senhora! ― Modifiquei minha voz para não ser reconhecido. Denise estava presa aos seus pensamentos enquanto olhava para trás, acho que começou a ficar desconfiada por que parei ao seu lado, me olhou pelo retrovisor.

― Eu conheço você?

Sacudi a cabeça em negativa, passei a mão na barba comprida, mas não a puxei, se não sairia na minha mão e Adeus disfarce, mesmo assim ela ficou me olhando desconfiada, meu Deus eu queria poder parar e pular para o banco de trás e abraça-la, contar o que acabei de ver, parei no hotel na periferia, apontei para a porta, ela olhou para os lados e puxou o dinheiro, puxei e guardei no bolso, esperei que descesse.

― Obrigada. ― Denise desceu desconfiada, colocou o capuz cobrindo a cabeça e entrou.

Saí e estacionei duas quadras depois e voltei ao hotel a pé, Denise já tinha se registrado e subido para o quarto.

― Wagner? ― Chamei o rapaz da recepção. Em que quarto a moça se hospedou.

― 23. ― olhamos para cima.

― Tudo bem. ― Puxei uma nota de 50 Dólares e lhe dei. ― Me mantenha informado se sair.

― Pode deixar.

Saí do hotel e fui até a lanchonete a uma quadra, comprei um sanduíche, vitamina e uma garrafa de água e voltei para o hotel, fazendo Wagner levar o lanche para ela, o segui e entrei no quarto ao lado e fiquei ouvindo.

O Assassino que me amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora