J.J. Disfarçado no Hospital

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Já faz três dias que me infiltrei no hospital me passando por funcionário novo. Fiz algumas mudanças como pintar o cabelo de negro e deixei a barba crescer, e arrumei um jeito de deixar minha barriga desproporcional colocando uma almofada e passando faixa para disfarçar, arrumei um óculos de grau. Passei o dia andando para cima e para baixo dentro do hospital, entrando e saindo dos quartos para recolher as roupas de cama para levar para a lavanderia, entrei no quarto de Denise, ela dormia, sua mãe estava sentada olhando para a janela, pensativa, nem olhou para mim, abri o armário com as roupas sujas e as peguei colocando dentro do carrinho, conferi se estava tudo bem, e saí. Na porta um policial ficava de guarda, torci a boca, se eu consegui entrar, imagina um assassino. Precisava me manter no andar, parei em frente ao elevador e fiquei olhando o movimento, um homem com a mão próximo a cintura usando uma jaqueta preta, passou por mim, diminuiu o passo e olhou para o vidro onde é o quarto de Denise, meu alerta tocou, coloquei o carrinho próximo ao elevador encostado na parede e o segui até sairmos do hospital, me coloquei perto de dois enfermeiros.

― Tem cigarro?... O meu acabou! ― disse um dos enfermeiros, enquanto isso, mantive o olhar no sujeito.

― Eu tenho. Tome? ― Um dos enfermeiros me deu o maço.

― Obrigado... ― Observei para ver aonde o sujeito ia.

Por fim entrou no carro de Kurt, soltei um gemido de desgosto, estava para acontecer a qualquer momento uma desordem naquele hospital, fumei ali andando de um lado para o outro pensando no que fazer.

Voltei para dentro para terminar o meu serviço, deixei tudo na lavanderia e fui para o vestiário, peguei minha arma e prendi na faixa que prendia a almofada, eu estava tão ridículo que ninguém me olhava, eu parecia o Shrek, só faltava ficar verde e ter orelhas de trompete, Ajeitei o cabelo e saí.

Voltei para o andar onde estava Denise e fiquei por ali analisando, a mãe de Denise pegou a bolsa e saiu, o policial por algum motivo deixou seu posto, aproveitei a distancia e entrei, fechei a cortina e fui para ver Denise.

― Denise? Abra os olhos? ― Pedi baixinho acariciando seu rosto. ― Vamos Denise, sei que está me ouvindo.

Denise abriu os olhos pesadamente, estava fraca, seus lábios estavam cortados e pálidos, ela sorriu.

― Consegue falar?

― Sim! ― Ela levantou a mão acariciando meus cabelos e deixou o braço cair.

― Tem um homem lá fora que é mal... Ele quer te fazer mal Denise e eu não posso deixar que isso aconteça. ― Respirei fundo. ― Preciso te tirar daqui e te levar para um lugar seguro até estar pronta para fazer justiça.

― Estou muito mal, Bruce! ― Sua voz saiu fraquinha.

― Posso te carregar ― A porta se abriu e atingido por algo em minha cabeça, desabei ao chão, por sorte não desmaio, só perco por alguns segundos minhas forças, a dor era grande, sacudi a cabeça recobrando as forças e espantando a dor, escutei o engatilhar da arma e num movimento rápido agarro no pé do homem e o derrubo no chão, entramos em luta corporal para fazê-lo largar a arma, nos socamos e ao girar com o corpo, consegui arrancar a arma de sua mão que foi parar próximo da porta.

― Denise... Tente se levantar, saia do quarto. ― Disse tentando estrangular o homem que lutava comigo no chão, me dando socos enquanto estava embaixo dele com as mãos apertando seu pescoço.

Denise não se movia na cama, comecei a ficar apavorado, não sabia se ele tinha conseguido matá-la, girei embaixo dele com dificuldade, e dei uma cotovelada em seu rosto, o homem foi para trás, me virei rapidamente dando um soco em seu queixo e ele caiu desacordado, rapidamente fui para cima dele juntei sua cabeça em minhas mãos e quebrei seu pescoço dando um giro rápido deslocando sua cabeça do pescoço.

O Assassino que me amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora