Denise Sobre vigilância

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― Boa noite, Tenente Prescott! Sinto muito pelo seu colega não poder ficar aqui conosco, mas ele tem coisas para fazer e está na ativa. ― O homem ficou na minha frente me olhando com um sorriso estranho. ― Me desculpe... Esqueci de me apresentar, sou Alan Larsson, Secretário do estado de Chicago. ― Alan estendeu a mão para mim, apertei receosa.

― Por que vou ficar na sua casa e não em um lugar... Menor ou até mesmo na minha casa?

― Não gostou da minha casa, Tenente?

― É linda... Mas não gosto de luxo... Gosto de locais simples, onde eu possa cozinhar e agir como se estivesse em casa.

― Pode fazer isso aqui se quiser...

Passei a mão na minha barriga, meu bebê estava seguro até o momento, Alan olhou para mim e para a minha barriga, o sorriso que levava no rosto se desfez, ficou carrancudo me dando as costas, me chamando para entrar, alguns seguranças estavam por ali observando.

― Quando nasce seu bebê?

― Ah... Março eu acho... ― Olhei cada canto da casa, estávamos entrando na sala de estar, Alan se sentou numa poltrona e me convidou para me sentar, olhei bem para ele e me sentei.

― Me conte como foi sua aventura?

Franzi o cenho estranhando sua fala, sua pergunta foi um tanto sarcástica.

― Eu não diria que foi aventura Senhor secretário... Por que eu estava numa cama de hospital recebendo a visita do meu namorando, e fomos atacados, quase mortos, não foi uma aventura... Foi um momento de pânico e salve-se quem puder... ― Encarei o homem que sorria de uma forma estranha, parecia gostar do meu sofrimento e desconfiança. ― Agora me conte por que estou aqui? E porque ninguém ficou comigo, alguém da minha equipe?

― Você nos deu muito trabalho tenente, ficamos muito preocupados com a sua segurança, e queria entender o que você tem de tão especial assim para fazer um homem tentar te matar e outro te sequestrar.

― Se for só isso... Então já sabe que Bruce é apaixonado o suficiente para querer me manter em segurança, ainda mais esperando um bebê dele... Agora o porquê queria me matar, é uma coisa que também quero muito saber, espero voltar logo para a ativa.

― Então não sabe? ― Alan me olhou desconfiado, comecei a achar que ele sabia de algo, O problema que ele era poderoso de mais para medir forças.

― Não, Senhor Secretário... Eu sei que prendi um grupo de quatro rapazes que estavam traficando drogas e mataram um jovem que infelizmente consumiu o que vendia e... Acabou pagando com a vida... Fora isso?...Não me lembro de mais nada.

Alan fez um bico e respirou fundo.

― E também não acha que tem a ver com a morte do seu marido, John Murphy?

Nos encaramos, lembrei do que Bruce me disse:

"Isso não tem nada haver com o que aconteceu depois do acidente, e sim, com seu marido".

Engoli em seco, sacudi a cabeça em negativa.

― Não acredito nisso... John nunca disse nada para mim, nunca falou que estava sendo seguido ou ameaçado. ― Relaxei no sofá fingindo que não desconfiava de nada. ― Eu só quero voltar a minha rotina, ganhar o meu bebê em paz, e pode voltar ao meu trabalho.

― Sabe que vai ficar aqui comigo por um tempo até o FBI dizer que está segura e o tal Bruce preso.

― Por que prenderia um homem que salvou a minha vida?

O Assassino que me amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora