*Paixão ou fingimento?

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A reunião com Shepherd seguiu tranquila, discutimos alguns casos que estavam em aberto e que eu e Torres estávamos investigando, um suicídio e um estupro seguido de morte sem um suspeito, vitima não tinha passagem e nem fez denuncia, e decidimos arquivar, não tinha mais onde procurar.

Saímos da sala de reunião com Torres sorrindo animado, era bom se livrar de investigações que não conseguíamos fechar.

- Agora que está solteira... - disse Torres me fazendo virar para encara-lo, sorri. - Poderia sair para jantar comigo...

- Hummmm... Isso seria um encontro ou apenas como amigos? - Caminhei de costas, Torres sorria malicioso, torceu a boca com um sorriso encantador, nunca tinha reparado o quanto ele era bonito, charmoso e tinha o físico parecido com o de John.

- O que você prefere? Um encontro ou um jantar de amigos?

- No momento ela vai preferir um jantar como amigos... - disse Peter atrás de mim segurando minha cintura.

Me arrepiei inteira, minha espinha gelou ao sentir seu toque, olhei para Torres que ficou branco e seus músculos se contrairam, vi claramente que iria perder a cabeça.

- Torres... Vamos como amigos... Ok? - Quase abanei os braços na sua frente, Torres desviou o olhar de Peter para mim.

- Claro!... Entendi!... - Engoliu em seco. - Te pego as 20horas na casa de sua mãe.

- Marque outro dia... Essa noite ela é minha.

Virei rápido para olhar para Peter, sacudi a cabeça em negativa.

- Não vou sair com você... De jeito nenhum.

- Venha se sentar. - Peter me puxou para me sentar na minha mesa, fiquei passada em ver que sabia qual era a minha.

- Você não foi ao hotel essa semana. Esperei ansiosamente, mas, vejo que gosta que corram atrás de você. E adoro esse jogo de gato e rato sabia?

- Não estou fugindo se é o que quer saber, só não tenho interesse em sua pessoa e nos seus negócios ilícitos...

Peter me cercou com os braços e seu corpo, apoiando uma mão na mesa e a outra na minha cadeira e se inclinou sobre mim, o encarei como fez comigo, não podia demonstrar medo.

- Não está em vantagem Tenente... - Peter rosnou baixinho, sua mandíbula se contraiu. - Vai me acompanhar em uma festa. Quero você linda, cheirosa e muito bem maquiada.

- Desista Peter...Você não quer uma mulher grávida ao seu lado, vai te colocar em uma posição ruim, vai ter comentários de mal gosto.

- A festa é para particulares. Não se preocupe com o que vão dizer... Não me interessa. - Peter se endireitou, arrumou o paletó e os punhos da camisa, não tirou os olhos de mim.

- Não faz isso... - pedi em suplica, mas eu estava louca para ir, tinha certeza que ficaria cara a cara com todos aqueles bandidos, estava apenas jogando para cair e confiar em mim.

Peter não disse nada, foi até a outra cadeira, pegou duas sacolas de lojas de grifes e colocou sobre a minha mesa, pegou um cartão do bolso e bateu nos dedos.

- Tem hora marcada no salão do hotel às 19 horas, esteja lá se não quiser que eu venha te buscar... Que será um prazer, pois adoro punir aqueles que me desobedecem.

Me levantei e o encarei.

- Acho que já me puniu demais, não acha?

Peter sorriu, levou a mão a minha nuca me puxando, me beijando na frente de todos, fiquei parada, não respondi ao beijo, não o abracei e nem afastei.

O Assassino que me amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora