Torres caça Peter em Baldelton

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Parado no saguão de embarque em Paris para voltar a Chicago por ter perdido completamente a pista de Denise e Peter, o meu celular toca, o peguei e vi que o numero era diferente e que não conhecia e a única pessoa que me ligava assim era Bruce, atendi.

_ Achei que nunca mais iria me ligar... _ Torci a boca Bill me olhou desconfiado, Fiz um sinal para ele de que era Bruce.

_ Escuta com atenção... Só vou falar uma vez, e vou desligar... _ Ele respirou fundo, dava para escutar buzinas e carros andando de um lado para o outro. _ Peter está em Baldelton - Reino unido, na Rua Sowtnwell, era onde Denise morava com as crianças, por pouco ele as pega, consegui tirar todos a tempo... Ele acaba de comprar a casa, o intuito dele eu não sei qual é, mas vai ficar ali esperando ela voltar.

_ Como está Denise e o bebê.

_ Estão bem... Todos bem!

_ Onde estão?... É melhor entrega-los Bruce... Já estamos cansados de brincar de gato e rato.

_ Anotou o endereço?

_ Anotei... _ Olhei para o aparelho, Bruce tinha desligado, não poderiam viver fugindo assim, tentei ligar de volta, mas deu caixa postal como sempre, Bill anotou o numero do telefone, consultou o numero e deu Bélgica. _ O que vamos fazer?... Ir a traz de Peter ou de Denise?

_ Os dois... Vamos dividir as equipes... Você e Clovis irão para Baldelton, eu e Russel vamos para a Bélgica... Vou estar no consulado emitindo um alerta com foto de Denise, provavelmente está usando passaporte falso para conseguir pular de país em país.

Trocamos nossas passagens e segui para a cidade onde Peter está e onde Denise mora, lá eu poderia descobrir qual seria o nome que estava usando, estava cansado e não gostava do meu parceiro, sempre me olhando desconfiado e era calado demais, ainda não tinha me acostumado com ele; Fui pensando em Denise e de como ela era divertida e falava besteira me fazendo rir, minha ex-esposa tinha razão, Denise combinava mais comigo do que com ela, por isso nos separamos, hoje somos bons amigos e curtimos uma boa conversa no telefone, nos ultimo meses me contou que estava namorando e que estava feliz, e eu? Solteiro e amando alguém que não me amava, mas tinha esperanças, queria salvá-la deste pesadelo, queria poder leva-la para os Estados unidos e provar sua inocência, agora o menino está bem, não tinha o que temer, mas Bruce não me dava chance de explicar, a perseguição de Peter deixava claro que tudo não passava de uma armação para manter sólido seu império.

Depois de dirigir até a cidade, fui até a delegacia, conversei com o delegado, esperei o mandato de busca e apreensão e seguimos com cinco viaturas para o endereço, no caminho fui olhando aquela cidade tão pacata e tranquila, a cidade era mais movimentada, mas a medida que entravamos para o bairro, tudo ficava mais tranquilo e entramos no endereço, todos paramos em frente a casa, a porta estava aberta e um Peugeot azul escuro estava estacionado na frente, invadimos a casa, tudo estava uma verdadeira bagunça, brinquedos espalhados pelo chão, a arvore de natal destruída e sobre o balcão dois sanduiches ainda mornos, estavam perto, o delegado ordenou a vasculhar as ruas, eu e meu parceiro demos uma olhada pela casa, entrei no quarto do casal muito bem decorado, tinha o perfume de Denise ali, sobre o criado mudo a foto da mãe de Denise e Daniel, peguei na mão e sorri, as duas mantinham contato, devolvi para o lugar, praticamente a casa estava montada e deu para perceber que saíram sem levar nada, até pacotes de fraldas estavam fechados, sobre a penteadeira os remédios que Denise tomava para o coração e pressão e dois pediátricos confirmando que havia um bebê na casa, olhei um e era também para o coração, apertei na mão, como era triste saber que o filho de Denise não estava bem de saúde, Bruce não mentiu, devolvi o remédio na penteadeira e escuto tiros, saquei a arma apreensivo e desci a escada me espreitando e olhando para não ser surpreendido e um vulto saiu correndo pela porta, corri a traz, mirei e atirei, mas acabou pegando na parede, voltei para dentro meu parceiro estava baleado na barriga, arfava, pressionei com a mão para estancar o sangramento e puxei o celular pedindo uma ambulância.

O Assassino que me amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora