Eu não sei como contar a ela sobre a verdade, mesmo assim tenho que aproveitar e conquistar sua confiança de uma vez por todas, depois quem sabe consigo ser perdoado, Denise me faz tão bem, me faz querer tentar uma família, ter alguém para dividir a vida, voltar para Baldelton no Reino Unido. Só que ela não estava preparada para saber a verdade, iria passar mal com certeza.
As 03h da manhã parei para abastecer, entrei no posto e olhei para Denise, dormia tranquilamente, desci do carro para abastecer, entrei na loja de conveniência para comprar cigarro, queria largar aquele bendito vicio, mas só de ter que viajar durante a madrugada me deixava ansioso, e o cigarro me deixa mais tranquilo. O balconista estava sonolento, distraído o suficiente para deixar o celular sobre o balcão, "pobre coitado", ao se virar para pegar o maço para mim, puxei o celular e guardei no bolso. Peguei o cigarro e uns chicletes para mascar, paguei e saí. Logo estava na estrada novamente, depois de uma hora dirigindo, parei o carro no acostamento, desci e me afastei do carro para ligar para a mãe de Denise, o telefone tocou e muito até que ela atendeu ofegante.
― Denise... Filha diz que é você?
― Não, Senhora... Mas Denise está bem e segura... Agora me escute com atenção. A senhora e sua outra filha correm perigo, terão que sair da casa o mais rápido possível... Não conte a ninguém para onde vão... Nem mesmo para os agentes de onde Denise trabalha, suma... E vamos manter contato.
― Como está Denise? Por favor?... Me deixa falar com ela?
― Denise está bem... Dorme agora, precisa descansar e se recuperar para voltar e por todos atrás das grades... Confie em mim senhora, não quero fazer mal a ela, se quisesse, não teria matado o assassino de sua filha e não teria tirado Denise do hospital.
― Promete cuidar dela? ― Rosemary começou a chorar.
― Prometo se me prometer sair daí e ir para algum lugar seguro?
― Prometo! Vou levar o celular comigo... Quero que deixe minha filha falar comigo.
― Dentro de uma semana entro em contato... Agora seja rápida e vaia daí... Vá para outro estado.
― Tudo bem.
Desliguei antes que falasse mais alguma coisa, descartei o celular e voltei para o carro, logo iria começar a amanhecer e precisava descansar, estava exausto.
Denise se sentou assim que entrei no carro, pegou no meu ombro.
― Você está bem?
― Estou cansado... Precisei parar um pouco...
― Tudo bem!... Por que não para em um hotel?
Olhei para Denise, ela estava descansada e eu não, poderia fugir de mim, me virei e peguei em sua mão.
― Vai ficar me olhando dormir?... Por que isso é muito chato.
Ela sorriu amável.
― Você me salvou se lembra? ― Ela me beijou no rosto. ― Vamos? Precisa dormir um pouco e depois pegamos a estrada novamente... Assim tomamos um banho e descansamos, minhas pernas estão doendo, não dá para estica-las no banco.
Concordei, era a única coisa que podia fazer, e se me traísse, paciência, ela teria que lidar sozinha com Kurt e sua gangue, dirigi por mais uma hora até achar num hotel de beira de estrada. Estacionei e fomos em busca de um quarto.
Depois de registrarmos como um casal, peguei a chave de um quarto indo em busca de Denise, ajudei a sair do carro e a peguei no colo para leva-la para o quarto reservado para nós.
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O Assassino que me amava
RomansaDenise é Tenente da policia da Homicídios de Chicago e é casada com John também detetive e do FBI, os dois sofrem um grave acidente, mas o que parecia um acidente de transito se torna um pesadelo para Denise que se torna alvo de uma organização crim...