_ O que foi? Quem é? _ Torres segurou meu braço assustado.
Olhei para Torres.
_ Victor!...É Victor. _ Saí do carro e caminhei arrancando as luvas, eu pedi para não matar ninguém no distrito de Chicago, agora estava numa boca de sinuca, não sabia o que fazer, teria que chamar Peter para o interrogatório, afinal de contas era seu motorista que estava dirigindo o carro, isso poderia implicar e muito sua vida, mesmo tendo álibi de que está fora da cidade.
_ Tenente Prescott... Precisa voltar lá e fazer o trabalho. _ Torres me segurou.
Olhei para ele.
_ Victor... Era meu amigo... E acho que eu estou encrencada... _ Comecei a chorar sem esforço.
_ Por quê?
_ Estava morando no meu apartamento... E lá montamos um esquema para pegar todos... E se descobriram?... Vão me ligar a ele, por que toda a semana estava lá com a desculpa de que estava tirando meus pertences... _ Olhei para o carro. _ Peter está sumido desde Quarta-feira... Não atende minhas ligações e não tenho ideia de onde está... Se ele sabe... É por isso que está sumido... Precisa livrar o coração dos sentimentos que tem por mim, para poder me executar.
Torres passou a mão pelo cabelo atordoado e me olhou.
_ Tem que contar a Shepherd o que você sabe.
_ Não!... Chega... Chega desta merda toda, estou cansada. _ Olhei para o meu carro, o furgão da pericia estava chegando, Kelly à nova perita desceu do carro com seu uniforme branco, fui até ela e caminhamos conversando.
Duas horas depois liberamos os corpos e eu e Torres corremos para o meu apartamento e destruímos tudo que tínhamos montado, pedimos um caminhão que pegava doação e me desfiz de tudo e finalmente coloquei o apartamento a venda e fomos para a delegacia e me sentei a minha mesa e fiquei pensando no que Peter poderia estar pensando ou fazendo se soube do que fizemos no meu apartamento, comecei a ficar apavorada e com muito medo, mamãe de Kim estavam correndo perigo, precisava ficar de olho.
No dia seguinte segui para o consultório, Torres me acompanhou, ainda mandei mensagem para Peter que não respondeu, fiquei muito triste e mais preocupada ainda, entramos na sala e Torres se deliciou vendo o bebê.
_ Tem como ver o sexo?... É que o terceiro Ultrassom não conseguimos ver o sexo. _ Olhei para Torres que sorria, pegou a minha mão e segurou firme.
_ Vamos ver?... A médica tentou achar o melhor ângulo até que ela o apertou e o bebê se mexeu o suficiente para mostrar o sexo.
_ É uma menina!... _ A médica sorriu.
_ Menina? _ fiquei surpresa, queria um menino, era o sonho de papai ter netos, olhei para Torres que sorria como se ele fosse o pai.
_ Uma menina... Parabéns Tenente. _ Torres beijou minha testa acariciando meus cabelos.
Saí de lá chorando, não sabia o motivo, estava magoada, triste e ferida, Torres me abraçou e caminhamos até o Lake Shore East Park.
_ O que está acontecendo Denise?... Não queria ter uma menina?
_ Claro!... Ela é saudável... Poderia ter problemas... Eu tomei um monte de remédios quando estava gerando minha filha... _ Olhei para Torres. _ Esse silencio está me matando... Shepherd conseguiu falar com Peter... Contou a ele o que aconteceu com o motorista e Victor... Peter deu seu depoimento por vídeo conferencia, está do outro lado do mundo, no Japão... _ Respirei fundo, as lágrimas desciam. _ Por que não me contou que iria viajar e que estaria tão ocupado que não teria como falar comigo?
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O Assassino que me amava
RomanceDenise é Tenente da policia da Homicídios de Chicago e é casada com John também detetive e do FBI, os dois sofrem um grave acidente, mas o que parecia um acidente de transito se torna um pesadelo para Denise que se torna alvo de uma organização crim...