O cerco se Fecha cada vez mais

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Depois que Denise e as crianças saíram do prédio e entraram no carro com J.J. eu senti uma onda de ódio e raiva subir pelo meu pescoço, mandei que seguissem, Antony deve ter marcado bobeira, demos uma volta no quarteirão, mandei que parasse o carro, perceberam que estávamos a traz deles, dei um tapa vigoroso em sua nuca, passei a mão na arma, louco para dar um tiro nele.

Demos um tempo, pensei no que fazer.

_ Vamos voltar para a casa deles e vamos fazer campana e esperar por ele, quero essas crianças no meu carro ainda essa noite.

Antony seguiu para a rua e estacionamos a uma boa distancia e ficamos no carro o restante da tarde, já estava impaciente, minhas pernas doíam e queimavam de estar tanto tempo sentado dentro daquele carro, a noite caiu e nada, a madrugada entrou e nada, soquei o painel do carro acordando Antony.

_ MALDITO... ELE SABE QUE ESTOU AQUI...

Antony olhou para mim amedrontado.

_ De a partida nesta merda e vamos para o hotel...

Voltamos para o hotel, aquela noite não dormi pensando no que iria fazer, o carro estava chamando a atenção, teríamos que trocar de carro, mas naquela cidade não tinha uma agencia que poderia trocar, na manha seguinte me sentia como um zumbi, cansado e esgotado, passei pela cidade, o carro estava no mesmo lugar, mandei Antony ir até a fabrica, o carro de J.J. estava lá, pisquei várias vezes, se está lá, é que estão na cidade e em algum lugar, teria que esperar e ter paciência, uma hora iríamos cruzar com eles.

Na véspera de natal não aguentei, esperei que todos estivessem dentro de suas casas e fui até a residência, entrei no quintal e olhei bem a casa, meu sangue ferveu, estavam no monitorando a dias, puxei minha arma e os fogos anunciando o natal começaram a estourar no céu, apontei para as câmeras e as destruí, dei um chute vigoroso na porta e a abri por completa invadindo a residência, Antony veio a traz de mim.

_ Ache o armazenamento das câmeras e arranque do lugar e ponha dentro do carro..._ Passei a mão pelo rosto me sentindo enganado mais uma vez, puxei a arvore para o chão, pisei nela e a destruí revoltado, J.J. Não tinha o direito de me tirar meus filhos assim de mim, acabei destruindo a parte de baixo da casa, até os brinquedos fiz questão de arrebentar, Julia já tinha seus brinquedos esperando por ela em minha casa no México, não precisava daquele lixo.

Um carro passou pela rua, vi que parou em frente, depois partiu, Antony apareceu com o aparelho debaixo do braço e saímos no mesmo instante deixando a casa aberta, não tinha mais tempo, entramos no carro e voltamos para o hotel, neste dia enchi a cara e dormi praticamente em coma alcoólico, acordei dois dias depois, Antony me olhava preocupado quando abri os olhos.

_ Achei que estava morto... _ Antony passou a mão pelo rosto, minha cabeça parecia gelatina, me sentei. _ Tem más noticias Senhor... A casa está a venda.

Olhei para Antony e me joguei na cama, não tinha mais o que fazer naquela cidade, descobriram que estava ali, J.J. iria me denunciar, a policia estaria ali em poucos dias, mas tinha tempo, precisava da casa.

Me arrastei para o banheiro sem dizer nada, tomei um banho e pedi a Antony para buscar um café forte e aspirinas, tomei e pensei no que fazer.

Depois do Ano novo descobri que o diretor financeiro da fabrica era o dono da casa, queria entender melhor essa história, fui até lá, fui muito bem recebido, um senhor muito simpático, fui convidado a me sentar.

_ Estou de passagem pela cidade... Vim visitar uma amiga, Denise Prescott... _ O olhei para ver se conhecia, mas não esboçou reação, respirei fundo. _ Eu conheci os moradores da casa que está vendendo, o homem se chama Bruce... E acho que trabalha aqui com você...

O Assassino que me amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora