Bruce acha Denise e Julia

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Achar Denise e Julia não foi uma tarefa fácil, e acabei descobrindo sem querer quando resolvi ir para casa e passar um tempo por lá; Denise simplesmente cruzou o meu caminho e descobri que morávamos muito perto um do outro, ela na rua Green e eu a quatro quarteirões dela, fiquei surpreso e emocionado, Denise escolheu a minha cidade onde eu achava que tinha nascido, naquele dia resolvi segui-la e tive outra surpresa ao ver que estava grávida, agora entendia por que tinha sumido, não era só pelo dinheiro, era por carregar uma vida e pertencer a Peter.

Fiquei no carro observando Denise sair de casa, Julia está grande e linda, entrou no carro e as duas saíram calmamente e seguiram até a escolinha ali perto, Denise a deixou e seguiu para o médico e saiu de lá quase ao meio dia, percebi que tinha algo de errado com ela, parecia secar os olhos, depois colocou o óculos escuros e entrou no carro e seguiu pela avenida principal, estacionou o carro e abriu a porta da pequena loja, fiquei ali me perguntando se deveria me fazer presente, estava com saudades, dei um tempo e resolvi entrar na loja.

_ Bom dia! _ Disse assim que entrei, Denise estava de costas para mim arrumando a prateleira a traz do balcão, ela se virou rápido e ficamos nos olhando.

_ Bruce... _ Disse ela baixinho, saiu lentamente de traz do balcão e parou a minha frente. _ Como me achou?

_ Se esqueceu que está na minha cidade? _ Sorri e passei a mão em seu rosto, Denise fechou os olhos sentindo o meu toque, vi as lágrimas desceram de seus olhos, a puxei para um abraço apertado e aninhou em meu peito e a deixei chorar.

_ Estou feliz em ver você... E que está bem!

_ Não!... Não está nada bem! _ Denise chorou e muito, nos sentamos e ela me contou sobre o problema do bebê.

_ Pretende viver aqui?

_ Sim!... Esse lugar é maravilhoso... Amo essa cidade e Julia também gosta, tem amigos e vivemos tão bem! _ Ela sorriu. _ Achei que nunca mais veria você outra vez... Senti a sua falta.

_ Estou aqui agora Denise... E... Acho que não vou te largar mais, eu quero você!

Nos encaramos, ela sorriu e finalmente a beijei, eu a amava, nunca deveria ter deixado Denise sozinha, abutres se aproveitaram de sua inocência e sua fragilidade da época para fazerem mal, agora ela estava ali, pronta para ser minha e de mais ninguém.

_ Meu nome agora é Cinthia Winfildt e Julia continua com o mesmo nome, só o sobrenome que mudei.

_ Fez bem... Fez a coisa certa. _ Sorri. _ Cinthia?

Ela balançou a cabeça sorrindo e me abraçou.

_ Senti sua falta... Sinto a falta de todos.

_ Eu te procurei praticamente pelo país inteiro... Até no México estive...

_ Eu sabia que um dia iria me achar aqui.

Olhar para Denise tão mudada e tão machucada, era difícil, se via ainda o medo em seus olhos e eu sabia o quanto todos estavam a sua procura e foi inteligente em desaparecer na França e não deixar rastros.

_ Fique aqui comigo?... Só vou entrevistar uma moça para me ajudar aqui na loja e vamos para casa e conversar melhor, aqui não é um bom lugar, acho que uma boa xícara de café e um bolo ajudará.

_ Claro... _ Sorrimos e eu a ajudei a arrumar a loja, as duas candidatas chegaram, Denise as entrevistou e ficou de ligar para dar a decisão e fomos para sua casa.

Entrar no seu mundo particular era um choque de realidade, não existia luxo e nem uma casa enorme, apenas um quintal grande e bem gramado no fundos, era o paraíso para Julia, eu sabia bem o quanto era importante manter Julia longe da rua, a casa parecia de boneca, tudo bem claro e pequeno e ajeitado, a mesa para quatro pessoas de madeira pintada de branco com almofadas amarelas de babados, me sentei e Denise foi preparar o café para nós, se via o quanto estava cansada, ofegava às vezes e parava, decidi ajudar, me levantei e fui até ela.

O Assassino que me amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora